«Vida com Amor» une jovens do Porto

Os jovens da diocese do Porto têm pela frente um ano de caminho dedicado à vida, à “Vida com Amor”. Esta foi uma dinâmica lançada à diocese pelo Secretariado Diocesano da Juventude no passado dia 15 de Abril, data da Jornada Diocesana da Juventude. Este projecto começou a ser trabalhado em Novembro em conjunto com os jovens e surgiu de um “desafio lançado pelo Conselho Nacional para que os secretariados, no sentido de trabalharem sobre a vida”, conta à Agência ECCLESIA o director do Secretariado, o Pe. Luís Mateus. Vida com Amor procura trabalhar as sete fases da vida humana: pré-natal, a infância, a adolescência, a juventude, a adultez, a velhice e pós morte. Através desta dinâmica “procuramos dar uma perspectiva da fé sobre a morte, abordar a forma de cuidar a vida com amor”, exemplifica o director. A diocese está organizada em sete zonas pastorais, cada uma ficará responsável por cada fase. Pede-se agora aos jovens “que trabalhem cada fase nos próximos meses”. O Secretariado vai acompanhar de perto as actividade e fazer “ponte e comunhão entre elas”. O objectivo é partilhar o trabalho desenvolvido na próxima jornada diocesana marcada para 30 de Março de 2008. Ainda no dia 15 foi entregue aos jovens, como forma de compromisso uma Bíblia, um Círio e uma placa com o logótipo da dinâmica. Estes símbolos passarão pelos diversos grupos de jovens, estarão presentes nas actividades e irão marcar o caminho pela frente. Esta é uma mensagem que os jovens devem reflectir mas simultaneamente uma mensagem que “com a sua força da sua juventude devem enviar à sociedade”, sublinha o Pe. Luís Mateus. “Se hoje são jovens, já foram crianças e amanhã serão adultos”, a dinâmica da vida é comum a todos e nas suas comunidades poderão “fazer alguma coisa para estimular a cultura da vida”. O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil no Porto tem definidas algumas áreas onde pretendem trabalhar. Com a Sagrada Escritura como base, pretendem “perceber o que na palavra de Deus encontramos de vida e de amor”. Também nos documentos e na história da Igreja “que caminhos nos é apontado”. Garantem estar atentos às questões das ciências humanas e das ciências exactas “porque não podemos fugir uma vez que são as questões sociais e muito vigentes”. A ética e o Direito têm também uma palavra nesta matéria, “vamos por isso perceber o que dizem sobre a vida”. Por fim, as respostas podem surgir em forma de caminhadas, momentos de reflexão e oração, celebrações, convívios mas acima de tudo “serão respostas jovens, criativas e dinâmicas”. A diocese do Porto é muito vasta e diversa. Todo o trabalho desenvolvido depende, claramente, de vários factores. Neste caso “do sacerdote, de quem lidera os grupos de jovens, dos próprios jovens também”, por isso as dificuldades são sempre sentidas, “em particular na cidade do Porto”. As paróquias têm poucos jovens e os grupos “não funcionam tão bem”, em comparação com os grupos de fora da cidade. Há vigararias “que nem equipas vicariais têm”, lamenta o Director do Secretariado Diocesano, sendo estas as responsáveis por fazer “a ponte e ligação entre o Secretariado e os jovens”. A somar a isto “há paróquias que não têm jovens”, refere com base num inquérito realizado em Outubro a todas as paróquias da diocese. O quadro é de 180 grupos de jovens “o que é muito pouco”, afirma. Esta é uma realidade a que D. Manuel Clemente “deverá dar atenção”. A Igreja que se quer viva “tem de passar necessariamente pelos jovens”, aponta o Pe. Luís Mateus.

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