Porto: Secretariado Diocesano promove acções no âmbito da pastoral vocacional

Ajudar a uma clara e profunda orientação vocacional, promovendo esta consciência em todos os agentes da pastoral, foi o grande objectivo das várias actividades que o Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional do Porto promoveu no passado fim de semana. A Jornada Pastoral Vocacional para o Clero, marcada para o dia 13, pretendia de forma clara “e próxima preparar a XIV Semana de Oração pelas vocações sacerdotais mas fornecer também elementos que ajudem a comunicar hoje o Evangelho da vocação, no mundo em transformação”, aponta à Agência ECCLESIA o Padre Jorge Madureira, Director do Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações do Porto. Neste encontro, a questão central foi a vocação de abertura, orientando para as “condições em que os cristãos terão que viver num futuro mais imediato e a partir de uma compreensão suficientemente vocacional da existência cristã, quer individualmente quer das comunidades”. É uma exigência do ministério sacerdotal “ajudar as pessoas a fazerem uma leitura da própria vida”, sendo o sacerdote o primeiro a ser chamado para esta função. O Pe. Jorge Madureira relembra que Bento XVI, em vários momentos aponta a “especial solicitude dos párocos em despertar a consciência vocacional e ajudar a descobrir a vocação pessoal, como desígnio de Deus para cada um de nós, hoje”, sendo que o testemunho pessoal de cada um tem uma especial importância. O IV Mini Curso de Pastoral Vocacional promovido pelo mesmo Secretariado no dia 14, “surge no seguimento dos anteriores” e teve como objectivo “alargar o âmbito da responsabilidade de todos os cristãos”. A Pastoral Vocacional pertence a toda a comunidade cristã e a todos os agentes da pastoral, não apenas às pessoas consagradas. Embora com a presença de muitos consagrados, “contámos com muitos catequistas, famílias, leigos e animadores de crisma também, numa assembleia muito diversificada” que procurou perceber qual é a responsabilidade pessoal de cada um e os meios de actuar no sentido de fazer com que na comunidade cristã “surjam vocações consagradas”. O Pe Jorge Madureira relembra palavras do conferencista que seguiam no sentido de que “numa comunidade onde não surgem vocações consagradas é uma comunidade que não amadureceu e não foi evangelizada em profundidade”. Daqui se percebe a responsabilidade que “incumbe a todos os cristãos”, sublinha o Director do Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações do Porto. Quando o tema da vocação é abordado e se porventura existe uma interpretação das vocações exclusivamente ligada à vida consagrada, “é mais um incentivo para que a diversidade das vocações deva ser mais eclesialmente divulgada e promovida”, a par de um maior discernimento, aponta o Pe. Jorge Madureira, porque a própria existência precisa de uma “compreensão vocacional”. As vocações assumem diversas dimensões, “sendo que a vida é uma delas, podendo desmembrar-se ainda nas suas várias fases”, sustenta o Director da Pastoral das Vocações do Porto. Sendo a vida a vocação “originária, é também a mais permanente da existência humana”. Neste tempo secularista só sobrevivem de modo cristão, “as comunidade que estiverem profundamente imbuídas do sentido de Deus e conscientes das exigências do compromisso cristão”. O Director do Secretariado Diocesano da Pastoral defende que “há uma mudança em curso, e uma consciência que aponta para uma outra atitude neste tema”, que não se refere apenas à vocação consagrada mas que aponta para “a vocação à vida e à vida cristã”.

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Agência ECCLESIA

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