Música ajuda projecto missionário em Angola

Espectáculo de Luís Represas angaria fundos para diocese geminada de Leiria – Fátima Um espectáculo de solidariedade, promovido pelo Grupo Missionário Diocesano de Leiria-Fátima Ondjoyetu, juntou fãs de Luís Represas, mas também muitos que quiseram ajudar a diocese de Sumbe, em Angola. Esta diocese conta com a ajuda de voluntários missionários que, no princípio por períodos de dois meses no Verão e agora de uma forma mais prolongada, ajudam a população a ter melhores condições de vida. Esta é a aposta do grupo missionário de Leiria-Fátima, que tem lutado bastante para conseguir subsídios de forma a dar continuidade a este projecto, que agora dá os primeiros passos de geminação com a diocese de Sumbe. Por isso Ana Rute Santos do Grupo Missionário de Leiria-Fátima, não hesita em afirmar que ter um artista como Luís Represas é garantia de um excelente espectáculo, mas também uma forma de quem assiste ao espectáculo “ajudar simultaneamente uma causa”. As receitas são exclusivamente para a missão, onde esta jovem este durante dois meses em 2004, a desenvolver um trabalho na área da educação, uma vez que é professora. Para além do contacto social, “partilhamos a vida das pessoas”, uma convivência “difícil de traduzir por palavras”, dada a riqueza de tudo o que por terras africanas se faz. O apelo de ajudar não se esgota em quem vai. “Quem esteve lá sente a necessidade de angariar estes fundos e é fantástico perceber que há muita gente aqui, que não os conhece e que nunca irá a Angola mas que está pronto a ajudá-los”, sublinha Ana Rute Santos. Este entusiasmo tem chegado a mais jovens, facto que tem contribuído para o crescimento do grupo. “Este trabalho atingiu aquilo que há muito esperávamos, que é a geminação”. Por altura da assinatura do protocolo, partiu a primeira equipa permanente com destino ao Gungo, uma região martirizada pela guerra. “O objectivo da geminação é estar durante 10 anos em permanência com os voluntários leigos e sacerdotes que possam exercer voluntariado”, garante a voluntária. Mas o trabalho não se esgota em Angola. Também na sua diocese o grupo desenvolve trabalho. Luís Represas destaca a “justiça e a capacidade de intervenção” deste projecto. O cantor manifesta-se sensível à obra dos missionários e neste caso, “sendo uma obra que se destina a Angola, sabendo nós as dificuldades que este povo atravessa há muitos anos, obviamente não podia deixar de responder a este apelo, percebendo que estamos com uma organização eficaz e que as receitas vão chegar aos seus destinatários”. Sinal dos novos tempos em que se regista uma mudança dos missionários de «batina branca» para jovens que tiram tempo do seu tempo para ir “é um bom sinal, pois os jovens vão sendo cada vez mais solidários e cada vez mais desprendidos e percebem que o mundo que os rodeia é muito diferente do mundo lá de casa”, destaca Luís Represas. O trabalho em Angola “vai correndo bem”, afirma o Padre Vítor Mira, responsável pelo grupo. Mantêm uma casa no Sumbe, sendo esta a prioridade dos primeiros meses, uma vez que a missão do Gungo, “é uma zona isolada de difícil acesso que não conta com condições de permanência”. Em Angola o Pe. Vítor Mira destaca “o bom relacionamento do projecto com as autoridades civis e religiosas”, sendo este fruto de uma caminhada longa de seis anos. “Houve um amadurecimento que passou também por um conhecimento das autoridades civis e do consentimento do bispo da diocese”, sublinha, destacando que “sentimos apoio e condições para caminhar. Para a população do Gungo é uma grande alegria e motivo de esperança para a melhoria das suas condições de vida”. O Bispo do Sumbe, D. Benedito Roberto, manifesta um grande reconhecimento pelo trabalho desenvolvido. “A obra tem crescido e podemos ver já as tarefas missionárias”, num registo de solidariedade e familiaridade, que “a assinatura do protocolo foi apenas o culminar de uma caminhada”, pois os projectos são mais do que ajuda financeira mas também “projecto de pastoral e de missão”. Trabalho reconhecido também pelas autoridades civis que D. Benedito Roberto pode perceber quando apresentou o projecto. “Quando o baptismo é compreendido na sua essência ele naturalmente se abre à missão”, destaca o Bispo de Sumbe referindo-se “à coragem da opção de se abrir para uma missão que também é importante para a própria diocese de Leiria-Fátima, porque quem dá recebe”.

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Agência ECCLESIA

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