Festa na Obra de Santa Zita de Aveiro

A Obra de Santa Zita de Aveiro está a celebrar 50 anos nesta localidade e 75 anos a nível nacional. Para comemorar esta efeméride, a cidade da ria estará, dia 22 de Abril, em festa. Às 10.30 haverá uma celebração na Sé e de tarde, na Casa de Santa Zita em Aveiro, far-se-á o Descerramento da Placa Comemorativa e a Abertura da Exposição. Santa Zita Santa Zita era uma empregada doméstica e uma santa milagrosa. Nascida em Monte Sagrati, Itália em 1218, com a idade de 12 anos começou a trabalhar para a família dos Fratinelle, comerciante de lã e outros tecidos em Lucca. Logo outros serventes não gostaram dela porque ela trabalhava muito, e bem e era muito boa para os outros. Alem disso ela dava comida e roupa aos pobres, inclusive as dos seus empregadores. Mais tarde ela conseguiu o respeito dos membros da família. De acordo com a tradição os outros serventes finalmente ficaram convencidos que ela era uma santa, porque um dia encontraram um anjo fazendo os pães e outro lavando a roupa, no lugar de Santa Zita, que atendia a um pobre doente a porta da casa. Durante toda a sua vida ela trabalhou a favor dos pobres, doentes e outros sofredores e lastimava que criminosos ficassem na prisão sem fazer nada. Ela foi uma das que defendia a causa que os criminosos prisioneiros deveriam ter que ajudar aos pobres e doentes. A ela foi creditado uma série de milagres Foi canonizada em 1696 e é a padroeira das empregadas domésticas. Os cinquenta anos da Obra de Santa Zita em Aveiro Foi no dia 20 de Janeiro de 1956 que Mons. Joaquim Alves Brás se deslocou a Aveiro para falar, em todas as Missas dominicais sobre a possível fundação de uma Delegação da Obra de Santa Zita, que criara no recuado ano de 1932, e sobre as suas vantagens humanitárias em favor das empregadas domésticas, nessa altura tão desfavorecidas. Porque a ideia fora muito bem aceite, o mesmo sacerdote, em 21 de Março, requereu ao Arcebispo-Bispo de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal, a respectiva autorização canónica, a qual lhe foi concedida em 24 seguinte. O sonho não parou; tudo bem pensado, o primeiro grupo de “Cooperadoras da Família” chegou a Aveiro em 25 de Julho para prepararem sem demora uma casa, recentemente alugada, na Rua do Eng. Von-Hafe; e logo no dia 29 iniciaram-se as actividades formativas da instituição, na nossa terra. A inauguração solene seria em 20 de Janeiro de 1957, de cujo programa já constou a primeira exposição de trabalhos domésticos, feitos pelas beneficiárias. Todavia, os limites apertados da casa não proporcionavam a expansão das actividades próprias da Obra de Santa Zita. Por isso, em escritura de 01 de Outubro de 1958, adquiriu a casa dos Viscondes da Granja com frente para a Praça do Marquês de Pombal, cuja fachada é um belo exemplar de azulejaria no estilo da “Arte Nova”, sempre admirado não só pelos aveirenses mas também pelos turistas que nos visitam. Passados breves dias, para aí foi transferida a “Casa de Santa Zita”. Situada no coração da nossa cidade e dotada de boas condições, é ela uma instituição vocacionada e sempre aberta ao serviço das pessoas, na solidariedade social, no acompanhamento moral, na formação humana e na instrução e vivência religiosas. Nomeadamente, é conhecida a acção pastoral das “Cooperadoras da Família” em prol dos casais no “Movimento por um Lar Cristão” e dos jovens “Focos de Esperança”. Aqui e agora, nesta ocorrência festiva das bodas de ouro da “Casa de Santa Zita”, em cuja inauguração participei, recordo com saudade Mons. Joaquim Alves Brás, o seu impulsionador, e congratulo-me com as “Cooperadoras da Família”, credoras de tantas e tantas benemerências. Mons. João Gaspar

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