Quinta-Feira Santa

Duas celebrações marcam a Quinta-Feira Santa: a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor. Antigamente, na manhã deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha sido imposto o cilício em quarta-feira de cinzas. A manhã é preenchida pela Missa Crismal, que reúne em torno do Bispo o clero da Diocese e são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o Santo Óleo do Crisma. Esta deve ser considerada como manifestação da comunhão dos presbíteros com o seu bispo. A origem da bênção dos óleos santos e do sagrado crisma é romana, embora o rito tenha marcas galicanas. Em conformidade com a tradição latina, a bênção do óleo dos doentes faz-se antes da conclusão da oração eucarística; a bênção do óleo dos catecúmenos e do crisma é dada depois da comunhão. Permite-se, todavia, por razões pastorais, cumprir todo o rito de bênção depois da liturgia da Palavra, conservando, porém, a ordem indicada no próprio rito. O tríduo pascal começa hoje, com a missa vespertina da ceia do Senhor. É comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés). A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos “o pão” e “o vinho”. Esse evento do mistério de Jesus também se tornou manifesto no gesto do lava-pés. Depois do longo silêncio quaresmal, a liturgia canta o Glória. Os textos litúrgicos mostram a entrega de Jesus Cristo para a salvação da humanidade. Jesus celebra a Páscoa judia mas oferece o seu corpo e sangue em lugar do cordeiro imolado no Templo, para selar a Nova Aliança. O Lava-Pés é sinal do “amor até ao fim” (Jo. 13, 1). No final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares. A transladação solene do Santíssimo Sacramento, é um sinal de continuidade entre o sacrifício e a adoração da presença sacramental.

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Agência ECCLESIA

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