Bispos de Angola pedem melhor distribuição da riqueza

Os Bispo de Angola esperam que o país seja capaz de promover uma melhor distribuição da riqueza produzida pelo petróleo e pelos diamantes. Uma Nota Pastoral da Comissão de Justiça e Paz da Conferencia Episcopal de Angola e São Tome (CEAST) diz que “uma melhor distribuição da riqueza”, permitirá que “as receitas provenientes dos recursos naturais e não só, sirvam para o bem de todos”. O documento é alusivo ao dia da Reconciliação Nacional que na Igreja Católica é assinalado no quarto domingo da Quaresma, este ano comemorado também a 4 de Abril, o dia da Paz. “Passados cinco anos do histórico 4 de Abril de 2002, a maioria dos angolanos não pressente os benefícios da Paz na sua vida diária”, lamenta a CEAST. “A fome, a falta de medicamentos, o analfabetismo galopante e o obscurantismo causador de mortes de pessoas indefesas (velhos e crianças acusados de feiticeiros), a intolerância política (porque há activistas de partidos que são analfabetos em democracia) devem ser ultrapassados com o trabalho e com políticas inclusivas, conscientes de que os Direitos implicam também os deveres”, assinala o texto. No documento, a Igreja Católica advoga também “um plano sério de desarmamento da população civil antes das próximas eleições, maiores oportunidades para os jovens, melhoria do sistema de saúde e acesso aos hospitais, construção de mais escolas, dignificação dos salários dos trabalhadores, bem como o combate à intolerância e o tribalismo”. Considerando que o país está perante um momento decisivo para estabelecer uma verdadeira reconciliação nacional, a Igreja diz que “não há paz sem respeito à vida, à unidade, e à igualdade”. Segundo o documento, a dignificação da vida humana passa por “dar a cada um o indispensável para viver; procurando fazer com que as receitas provenientes dos recursos naturais e não só, sirvam para o bem de todos; rejeitando as influências externas quanto a políticas abortivas e fazendo um plano sério de desarmamento da população civil antes das próximas eleições”. “A liberdade de expressão, utilizada para fazer o bem, é um grande pilar da Paz e da Democracia, evita os ressentimentos e faz com que cada possa contribuir com as suas ideias para o progresso do país. Travar a liberdade é igual a opressão”, alertam os Bispos angolanos. Notícias relacionadas V aniversário da assinatura dos acordos de paz em Angola

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Agência ECCLESIA

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