O Secretariado de Pastoral Social da Diocese de Apartado, na Colômbia, denunciou a morte de doze crianças indígenas por causa da fome, problema que faz parte de uma “grave crise de saúde pública” que há vários anos afecta as populações indígenas do Baixo Atrato, devido à propagação da tuberculose. As crianças falecidas pertenciam às comunidades dos Emberá Chami. Além disso, outros sete menores foram hospitalizados pelo mesmo motivo. A Igreja Católica local indica que, a tudo isto, “se soma o grave estado de desnutrição aguda, parasitose, diarreia crónica, desidratação severa e alterações na pele”, especialmente entre os meninos. O texto assinala que a crise se centra nas aldeias Mamey Dipurdu, União Chigorodó, Peñas Blancas e Barranco, para além de populações da zona rural de Ríosucio, 600 quilómetros a noroeste de Bogotá. Esta zona “não conta com pessoal médico disponível para fazer um seguimento durante cinco meses”. A crise, indica o comunicado, é uma “alarmante situação que põe em risco a vida e permanência das comunidades indígenas e que também começa a afectar as comunidades negras vizinhas”. Redacção/ACI