Iniciativas em dioceses de Norte a Sul do país, querem mostrar que a Igreja é jovem Mostrar o lado da Igreja jovem e congregar os jovens num local mais afastado da vida urbana foi a tónica que a Pastoral Juvenil de Coimbra quis passar no dia 31 de Março, assinalando na diocese o Dia Mundial da Juventude. Com a alegria própria de 350 jovens se compôs o Festival Jovem da Canção, onde os diversos movimentos e paróquias se envolveram na preparação das músicas. “As músicas representavam todas as regiões da diocese”, destaca Rosa Alves, Coordenadora da Pastoral Juvenil de Coimbra. Não é fácil congregar os jovens no Dia Mundial da Juventude, lamenta a coordenadora. “As indicações pastorais iam no sentido de viver o dia em paróquia”, mas este ano “lançamos a experiência e podemos dizer que correu muito bem”. Levar o encontro para a região nordeste, mais despovoada foi uma forma de “envolver esta povoação na Igreja e na realidade pastoral que vamos vivendo”. O dia foi passado num trabalho de evangelização em lares de terceira idade. Ao final da tarde celebraram a eucaristia de Domingo de Ramos. No final do dia, Rosa Alves destaca a importância de juntar os jovens “também para a população mais velha perceber o dinamismo da Igreja jovem”. Ficou a percepção de que “os jovens podem fazer ainda muito na sua paróquia, passando um testemunho cristão e jovem”. Também na diocese de Angra os jovens se reuniram para festejar o dia que lhes é dedicado. Lembrando as palavras de de Bento XVI, o Bispo de Angra sublinhou na homilia do Domingos de Ramos, dirigida aos jovens, que o entusiasmo juvenil, “ a vossa caridade, as actividades das paróquias e das comunidades, dos movimentos eclesiais e dos grupos juvenis”, são uma forma de “segui as palavras que Jesus deixou e nos amarmos uns aos outros”. D. António Sousa Braga convidou os jovens a “descobrir o projecto de amor que Deus tem para o casal e para a família” e destacou o “o período do noivado para amadurecer no amor, para aprender a amar-se como casal e viver essa vocação maravilhosa, que é o matrimónio cristão”. Mas pediu também atenção para estar preparado “para dizer «sim», se Deus vos chamar a segui-Lo, pelo caminho do sacerdócio ministerial ou da vida consagrada”. E terminado deixou o apelo de “desenvolverem os vossos talentos mas sendo também testemunhas do amor. Juntai à formação profissional a competência do coração, do verdadeiro amor, que é “divino”, porque vem de Deus”. A Norte o Bispo de Viana do Castelo pediu aos jovens que se congregaram na Igreja da Misericórdia para serem “jovens eucarísticos, reconciliados e em comunhão com Deus”. Tomando a mensagem para a Quaresma de Bento XVI que convidou os cristão a pensarem em «todos os cansados e tristes da vida, nos rejeitados, nos feridos pela maldade humana, nos esquecidos da sociedade» e assumirem quotidianamente as suas dores com «uma atitude, um gesto, uma palavra de conforto». Encarnar a redenção de Cristo, neste tempo da Igreja exige «participação e corresponsabilidade» orientadas pelo espírito de serviço, nas paróquias, a nível diocesano e na Igreja universal. D. José Pedreira afirmou a pujança de energia e o forte dinamismo da juventude sublinhando que o amor é necessário para fazer dos jovens «o futuro e a esperança da humanidade». Dirigindo-se aos que olham já com entusiasmo o dia em que tomarão a decisão de constituir um lar, o Prelado pediu-lhes que vivam o noivado, «fase importante nessa caminhada», como um «amor de coração limpo e casto, e em espírito de oração», porque «o matrimónio cristão é uma verdadeira vocação na Igreja». Pediu ainda aos jovens que estejam abertos também ao «apelo de Deus» se descobrirem o seu chamamento a segui-Lo pelo «caminho do sacerdócio ou da vida consagrada». No extremo Sul do país, cerca de 350 jovens, vindos de vários pontos da diocese algarvia, convergiram para Albufeira para celebrar a Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), que começou na sexta feira. Na primeira noite poemas, proclamações, bailados, cânticos, músicas, projecções e encenações levaram os participantes a reviver o quadro natalício do nascimento de Cristo. A partilha de folares em grupo, a distribuição de ramos de oliveira, a passagem da mão molhada pelo rosto, a organização de tijolos e a inscrição de uma mensagem/oração numa folha para queimar foram formas de convidar os jovens a comprometerem-se com o amor de Deus. D. Manuel Quintas enalteceu a participação de tantos jovens no JDJ, convidando-os a serem testemunhas do amor “primeiro na Igreja”, na “preparação e no discernimento da vocação pessoal” e “no contexto da vida quotidiana”. O Bispo lançou ainda o desafio aos jovens de “não terem medo de seguirem o caminho da vocação consagrada”.