Um triplo aniversário juntou na Casa de Saúde Rainha Santa Isabel, diferentes gerações da Juventude Hospitaleira na Mega Hospitalidade. 20 anos da juventude hospitaleira, 400 anos da presença dos irmãos São João de Deus em Portugal, 125 das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, mas “sobretudo uma tentativa de reencontrar as pessoas que passaram pelo movimento entre tantas que continuam a pertencer”, destaca Susana Canhoto, secretária da Juventude Hospitaleira – JH. “Um dia de encontro e de partilha”, procurando congregar o maior número de pessoas, onde se evidenciou que a JH continua “a ter sentido e a valer a pena apostar na hospitalidade, porque deixou marcas na vida das pessoas”, relembra Susana Canhoto. Muitos dos rostos presentes no encontro e que marcaram a história da JH, têm agora família constituída e é “interessante ver a forma como vão passando este carisma para os filhos”, que vão dando os primeiros passos no caminho da hospitalidade. Ao longo de todas as gerações, “o mesmo princípio que esteve por base da fundação da juventude, continua a fazer sentido, porque se continua a acreditar que vale a pena ser melhor”, sublinha a secretária da JH. Susana Canhoto destaca o facto de os casais que se construíram na JH, “já passarem aos seus filhos o mesmo carisma”. Para os jovens que fazem parte actualmente da JH “é importante conviver com o testemunho dos mais velhos e com a força que continuam a transmitir”, mas é também importante os mais velhos perceberem que “os mais jovens têm muito a dar e que os mais velhos têm ainda espaço para aprender”, destaca Susana Canhoto. O testemunho que a juventude pode dar é o “exemplo” e que a as portas estão abertas para quem quiser experimentar a hospitalidade. “Não somos um movimento que congregue muitas pessoas no mesmo local”, afirma Susana. A dimensão nacional que a JH tem, torna difícil a reunião de todos, mas “o carisma que reúne é tentarmos ser mais solidários com os outros e fazer despertar nos jovens o sentimento de solidariedade”, visível nos participantes do encontro. O trabalho que realizam nas casas de saúde com doentes mentais é passível de ser transposto para a própria família, paróquia, escola e trabalho, onde “o crescimento interior guia a pessoa para ser melhor pessoa e cristão”. Se cada um se conseguir mudar a si mesmo “certamente estará a construir um mundo melhor”. No encontro construíram um “Muro de Recordações”, composto precisamente de recordações que os jovens guardaram da sua passagem pela JH, ou da JH pela sua vida. Fotografias, objectos de actividades onde participaram, cartas trocadas com jovens hospitaleiros, uma viola “que tinha sido oferecida num encontro”, cânticos, “momentos que se evidenciaram neste muro”. Neste momento, a JH prepara a Páscoa Hospitaleira, a decorrer na Guarda entre os dias 4 e 8 de Abril e também na Amareleja nos mesmos dias, “esta destinada aos jovens que se preparam para partir em missão para Moçambique ou para Timor”. De 9 a 11 de Abril estarão reunidos em Fátima, num retiro. Começam também a pensar nos “campos de férias para Julho e Agosto”, destaca Susana Canhoto.