Bispos pedem compromisso dos católicos

Início da Semana Santa marca aproximação ao momento mais alto do ano litúrgico na Igreja, a celebração da Páscoa Os Bispos portugueses aproveitaram o Domingo de Ramos, início da Semana Santa, para deixar vários apelos ao compromisso efectivo de todos aqueles que se professam católicos. Em Lisboa, D. José Policarpo disse que “a Igreja é humana, vive no tempo, sabem-lhe bem os triunfos próprios este mundo”. “Abraçar a Cruz exprime melhor a sua vitória. Os triunfos e as derrotas da Igreja não se medem com os critérios das vitórias e dos fracassos deste mundo. Os seus triunfos só podem ser a irradiação da glorificação de Cristo, exprimem-se na construção do Reino de Deus – silencioso e discreto, até à manifestação definitiva”, referiu. Já na sua última Catequese Quaresmal, D. José Policarpo indicou que este itinerário “só podia conduzir-nos ao encontro com Jesus Cristo, que a Liturgia contempla nesta Semana Maior, na Sua Páscoa, plenitude humana definitivamente conseguida, pela vitória de Deus sobre o pecado e a morte, no triunfo maravilhoso da vida”. D. Manuel Clemente, novo Bispo do Porto, convidou todos os que participaram na celebração dos Ramos a deixarem-se “acompanhar por Aquele que tomou para si a nossa humanidade, para a renovar e preencher com a sua divindade”. “Que esta celebração nos convença e esta Semana nos converta aos sentimentos de Cristo, transformando o desejo espontâneo de auto-afirmação em desejo de comunhão e vontade incansável de servir, onde com Ele e com todos nos realizemos por fim, na caridade, na justiça e na paz”, indicou. O Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, falou de um “tempo de relativismo, onde os comportamentos parecem adquirir o mesmo valor”. “O Cristianismo, aceitando um pluralismo no acidental, mas exigindo a unidade no essencial, tem de levar a um encontro com Cristo-Verdade no meio de tantas verdades. Daí que seja lamentável este tergiversar entre comportamentos e opções de fidelidade e atitudes de incoerência. Nunca poderemos ser do Sim e do Não”, observou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, indicou por seu lado que “o Domingo de Ramos é o início da Semana que celebra o Amor, na sua expressão mais integral: descer até ao outro, aceitar dar a vida pelo outro e oferecer ao outro o seu próprio lugar, levando-o a recuperar tudo o que tinha perdido, mais, tudo quanto se pode oferecer”.

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Agência ECCLESIA

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