Bispo de Coimbra lembra fidelidade de Lúcia à Verdade e ao Amor de Deus

O bispo de Coimbra, D. Albino Cleto, no final da eucaristia que assinalou o centenário do nascimento da Irmã Lúcia, pediu, como bênção, a rápida beatificação da vidente de Fátima. A igreja do Convento do Carmelo foi pequena para o número de fiéis, também de fora da diocese, que quiseram, desta forma, viver e celebrar a data. Recordando-a como uma mulher que foi livre por se ter “apegado à verdade de Deus”, D. Albino Cleto lembrou que as marcas deixadas pela Irmã Lúcia não se materializaram em grandes obras de caridade ou em livros. Sem nunca fugir do mundo, “ela foi construtora, difundindo a sua devoção ao Sagrado Coração de Maria e deixando uma mensagem para todos”: a fidelidade ao Amor de Deus é o caminho da verdadeira liberdade. O Bispo da diocese lembrou ainda o coração fiel e generoso de Lúcia que, “no apagamento e no silêncio, construiu a salvação de muitos”. A diocese de Coimbra deverá entregar, até ao Verão, um pedido formal à Congregação para a Causa dos Santos para que o processo de beatificação tenha início, dispensando, dessa forma, o prazo mínimo de cinco anos após a sua morte, imposto pela legislação canónica. O vice-postulador para a causa da canonização de Francisco e Jacinta Marto, padre Luís Kondor, revelou existirem “sinais de abertura” do Vaticano em relação ao processo. O padre Luís Kondor elogiou também a iniciativa do Carmelo de Coimbra relativa à criação de um museu em memória de Lúcia. Daqui a dois meses estará pronto o espaço, que inclui uma reconstituição da cela onde a carmelita viveu grande parte da sua vida de clausura. O museu exporá o seu hábito, objectos pessoais e ofertas, algumas cartas que recebeu e documentos importantes. Salvaguardando o recolhimento das religiosas do Carmelo, este deverá constituir-se um ponto importante num percurso de devoção à vidente.

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