Por ocasião do sexagésimo aniversário da fundação da Federação Mundial Luterana (Lutheran World Federation, LWF), Bento XVI teve palavras de apreço pelo trabalho ecuménico luterano-católico realizado. O Papa enviou uma mensagem, através do presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, ao presidente da LWF, o bispo Mark S. Hanson. O texto foi lido a 25 de Março, por ocasião de um ofício religioso celebrado na catedral de Lund (Suécia). Bento XVI sublinha que a LWF, desde o final do Concílio Vaticano II (1959-1965), “empreendeu com a Igreja Católica um diálogo ecuménico até hoje frutuoso”, que deu “importantes passos em frente” no caminho rumo à unidade dos fiéis dessas duas confissões cristãs. Estes progressos, acrescenta, “foram expressos claramente” em numerosos documentos, como a “Declaração Conjunta sobre a Justificação”, assinada pela Igreja Católica e pela Federação Luterana Mundial a 31 de Outubro de 1999, na cidade alemã de Augsburgo – à qual aderiu, em Julho de 2006, o Conselho Metodista Mundial. Actualmente, a Comissão luterano-católica trabalha nas diferenças ainda existentes entre luteranos e católicos em determinadas questões de fé, como o modo de conceber a Igreja e seus sacramentos. Na sua mensagem, Bento XVI afirma que as relações entre luteranos e católicos, aprofundadas graças à oração comum e a numerosos encontros mundiais, são “um dom do Espírito Santo e ao mesmo tempo uma obrigação de não se cansar de levar adiante os compromissos ecuménicos”. A Federação Luterana Mundial é uma aliança de igrejas nacionais e regionais da confissão luterana. Fundada em 1947, tem sede em Genebra. Actualmente, reúne 140 igrejas, que representam 78 países, às quais pertencem 66,7 milhões de protestantes luteranos. Redacção/Zenit