D. José Cordeiro indica «passo dado no reconhecimento formal do lugar central destas celebrações na sociedade civil»
Braga, 14 abr 2022 (Ecclesia) – As celebrações da Quaresma e as solenidades da Semana Santa, em Braga, foram hoje distinguidas como Património Cultural Imaterial Nacional.
“Este é um momento de alegria para a Igreja e para toda a sociedade bracarense. É um orgulho para Braga mas, sobretudo, uma alegria maior da comunidade crente, que oferece o melhor de si à cidade e ao país, que é a expressão da fé em Cristo morto e ressuscitado, e que se faz presente nas múltiplas manifestações litúrgicas e artísticas na Catedral e nas ruas da nossa cidade”, afirmou D. José Cordeiro, em declarações enviadas hoje à Agência ECCLESIA pela Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga.
O arcebispo de Braga reagiu indicando ter sido dado “mais um passo no reconhecimento formal do lugar central destas celebrações na sociedade civil bracarense e minhota”.
A proposta havia sido apresentada pela autarquia de Braga à Direcção-Geral do Património Cultural em 2016, “tendo contado com a participação ativa da Comissão da Quaresma e das Solenidades da Semana Santa de Braga, através das entidades que integram a mesma comissão”.
O cónego Avelino Marques Amorim, presidente da Comissão da Semana Santa, assume a “imensa satisfação e entusiasmo” da notícia que irá contribuir “ainda mais, para o reconhecimento e afirmação desta tradição cultual e cultural da cidade de Braga”.
“A Semana Santa de Braga reúne todo um conjunto de manifestações essencialmente de cariz litúrgico e religioso, que se traduzem num valioso património imaterial com profundas raízes na cidade de Braga”, indica, recordando ainda que, “do seu programa sobressai todo um vasto conjunto de iniciativas culturais, que proporcionam uma experiência espiritual única, e uma vivência especial nesta cidade durante esta época do ano”.
O presidente da Comissão da Semana Santa afirma que esta estrutura “tudo fará para manter a matriz religiosa” que caracteriza esta semana, assegurando o “nível qualitativo já alcançado”, “fazendo questão de continuar a oferecer ao público em geral o testemunho de fé herdado dos antepassados, e celebrado na nossa contemporaneidade”, finaliza.
Para Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, a distinção é “um ato de justiça” que se concretiza perante um evento com uma “extraordinária e demonstrada capacidade” de mobilização da comunidade e de preservação das tradições culturais e religiosas da cidade.
“Garantir a sua classificação como Património Imaterial é afirmar que em Braga há algo que merece ser preservado, valorizado e reconhecido por todos. Este é mais um passo para que a Semana Santa de Braga seja um evento de referência não apenas para Braga, para a região e para o país, mas um evento único a nível internacional neste período da Quaresma”, refere em declarações divulgadas pela Comissão da Semana Santa.
LS