Pároco de São Martinho de Brufe e Vila Nova de Famalicão refere desafios desta iniciativa de proximidade
Braga, 14 abr 2022 (Ecclesia) – O padre Francisco Carreira, da arquidiocese de Braga, disse à Agência ECCLESIA que o retomar a tradição da visita pascal, após dois anos de interregno devido à pandemia, pode traduzir um “efeito de alavancagem de ânimo e perspetivas de vida”.
“Esta tradição vale mais do a própria tradição, é uma mensagem maior, e que isso produza alegria e festa, aqui a fé pode produzir um efeito de alavancagem de ânimo e perspetivas de vida, que o compasso possa gerar essa vida nova”, referiu.
Nas duas paróquias há 15 anos, o sacerdote reconhece que as pessoas “vivem um grande entusiasmo, apesar de alguns receios”, e sente que “há muita vontade de voltar a viver esta tradição” da visita pascal.
“Esta tradição diz muito do que é a Igreja e do que o Papa nos propõe que seja a Igreja, uma Igreja em saída, que não tem medo de dizer a sua fé e que tem uma mensagem de alegria e esperança para comunicar e é o melhor de todos os dias para um pároco, apesar de cansativo”, destaca.
O padre Francisco Carreira indica que “tudo vai decorrer com a segurança devida” e defende que a Igreja deve trabalhar na perspetiva pascal.
“Que a nossa linguagem fosse sempre pascal, entusiasmantes, da morte à vida, das frustrações para a vida; que seja o renovar da missão e ao mesmo tempo repensar a missão que temos, ao sair vamos ao encontro de realidades diferentes, anunciar o Cristo ressuscitado e trazer novos desafios de famílias e situações que vamos conhecendo”, indica.
Na Paróquia de Santo Adrião, em Vila Nova de Famalicão, vão sair 21 grupos na manhã de domingo de Páscoa e, em São Martinho de Brufe, uma “aldeia colada à cidade”, saem cinco grupos, “num momento de comunicação e transmissão de fé”.
“Em Vila Nova de Famalicão as pessoas assinalam as casas com flores ou verdes à porta e quando são apartamentos ficam pelas portas do prédio para aguardar a visita durante a manhã; depois quando terminamos juntam-se os grupos nos paços do Concelho e seguem até à Matriz Nova para celebrar a Eucaristia de Páscoa”, explica o sacerdote.
Já em São Martinho de Brufe são os leigos “que orientam os grupos do compasso” e prolonga-se por todo o dia.
“Em Brufe começamos de manhã mas a visita pascal prolonga-se até às 17h00 , depois conclui-se cortejo pascal, onde vão os escuteiros com a fanfarra a abrir caminho, um momento festivo e sonoro, em que as pessoa participam”, descreve.
SN