Bispo de Lamego quer leigos a dar a cara

A diocese de Lamego está “muito marcada pela desertificação humana” – confessou à Agência ECCLESIA D. Jacinto Botelho, bispo de Lamego. Como a população está a “diminuir drasticamente” é fundamental “ter uma atenção especial com as pessoas mais idosas”. E lamenta: “Há paróquias que não têm escolas porque não existem crianças. É uma pirâmide completamente invertida”. Para estancar esta sangria é “necessário criar condições de vida às pessoas” – apelou D. Jacinto Botelho. Como não encontram futuro naquelas localidades “partem para outros sítios na busca de melhores condições de vida”. As próprias políticas “não estão a ajudar nesse aspecto”. O prelado entrou para a diocese a 19 de Março de 2000 e fez um plano pastoral a longo prazo. Actualmente, “estamos no final do 2º triénio” – referiu. O primeiro incidiu na necessidade de fazer comunhão e o segundo está voltado para a Palavra. “O terceiro terá como vertente fundamental a vida sacramental” – afirmou. Recentemente, realizou-se uma conferência sobre «O conde de Samodães: um cristão comprometido em igreja e empenhado no mundo». Uma iniciativa que vem no seguimento formativo sobre o referendo ao aborto. “O conde de Samodães deu a cara pelos valores cristãos numa situação complicada da vida do país (no século XIX). Mostrámos aos leigos o exemplo deste homem” – referiu o prelado de Lamego. “Faltam leigos como o conde de Samodães”. Nascido numa localidade próxima de Lamego (Samodães) mas viveu a sua vida no Porto. Ele “assumiu a sua responsabilidade e empenhou-se na defesa dos valores cristãos”. O Rio Douro é uma das fronteiras da diocese. Ainda no rescaldo das celebrações dos 250 anos da região demarcada do Douro, D. Jacinto Botelho alerta para as “dificuldades dos vitivinicultores”. E conclui: “Esperamos que haja uma maior justiça para com estes homens”.

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