Abrir as portas à Vida

Centro de Apoio à Vida e à família abriu ontem as portas e está disponível 24 horas por dia Centro de Apoio à Vida e à Família (CafVida) abriu ontem as portas na Casa de Santa Zita, em Braga. Uma resposta disponível 24 horas para acolher pessoas com problemas familiares de qualquer ordem. “O trabalho que pretendemos realizar é mais global que o apoio estrito à maternidade”, aponta à Agência ECCLESIA, Manuela Caldeira, directora do CafVida. “Sabemos que não vamos conseguir dar resposta a todas as solicitações mas queremos dar o máximo de respostas”, aponta. Este projecto é fruto do trabalho conjunto da Arquidiocese de Braga, da Pastoral da Família e do Instituto Secular das Cooperadoras da Família que têm como carisma este trabalho em prol das famílias e vem no seguimento da atenção que a diocese de Braga tem, ao longo dos últimos três anos, manifestado em torno da “Família Solidária”. Esta é uma forma de dar resposta a esse desafio num trabalho que se quer em rede. Situações de apoio à vida, atendimento de casais em dificuldade nas suas relações conjugais e com os filhos, acompanhamento de famílias, defesa da vida, apoio a adolescentes grávidas, mas também “apostar na formação e organização de cursos sobre temas relacionados com a juventude e a família”, são as linhas orientadoras de uma acção que arrancou ontem. E são muitas as pessoas a procurar ajuda. Os problemas familiares, as jovens em situações complicadas de gravidez indesejada ou com rupturas familiares, mulheres vítimas de violência doméstica e que mesmo não conhecendo o Centro de Apoio à Vida, “conhecem outras instituições a quem pedem auxílio”, explica Manuela Caldeira. Os 75 anos da Casa de Santa Zita em Braga, ajudam a conhecer a realidade e os problemas das mulheres e das famílias. “O nosso carisma é trabalhar nesta área, por isso estes problemas não são novidade”. O Centro agora criado pretende ser uma resposta efectiva à procura de “existe em Braga”, adianta a directora, recordando que “aparecem muitas pessoas e desde que nos peçam ajuda, não a negamos”, explicita. Acolher ou prestar ajuda financeira são “tudo passos que a equipa que trabalha connosco vai estudar”, também para que a resposta a dar seja a mais adequada ao problema que é apresentado. Para além das situações de apoio imediato à maternidade “queremos organizar alguns cursos de formação, acompanhar as famílias, fazendo uma mediação”, contando com a ajuda de técnicos, “todos voluntários”, salienta Manuela Caldeira. As situações que “constantemente” aparecem delinearam o sonho e traçaram caminho para o projecto da criação do CafVida. “É uma realidade que a diocese tem percebido e que o referendo tornou mais evidente”, apesar de ter contado com uma longa preparação. “Não podemos deixar as pessoas sem resposta. Se nos procuram é porque de facto precisam, porque há situações que constituem um drama”. No norte existem “algumas casas de apoio e acolhimento” e este trabalho será desenvolvido em parceria, esclarece Manuela Caldeira. A equipa estabelecida de juristas, médicos, psicólogos, assistente social e sacerdote trabalha voluntariamente. “Não estão previstos financiamentos”, esclarece a directora do Centro. De qualquer forma “estamos agora a dar os primeiros passos” e garante “não será a falta de dinheiro que vai fechar a porta a quem nos procurar”. Os contactos poderão ser feitos pessoalmente, através de telemóvel (912265154) ou correio electrónico (cafvida@gmail.com) e a qualquer hora. Depois do atendimento, as pessoas serão encaminhadas, sempre que necessário, para os respectivos técnicos. A equipa responsável pelo CafVida disponibiliza “uma rede de instituições que darão todo o apoio aos casos que suscitarem uma intervenção mais prolongada e que merecerem internamento ocasional” e assegura a “confidencialidade e gratuidade do serviço”. Esclarecer dúvidas, ou até mesmo encontrar respostas sobre o amor, o namoro, o casamento, a relação com os filhos, os conflitos, “constituindo-se como um espaço de apoio, uma expressão de solidariedade, uma proposta de ajuda à família”. A promessa de “ajudar através da escuta, do acolhimento, da aceitação incondicional de cada pessoa e da compreensão empática dos seus problemas, aconselhando e encaminhando se necessário, para outras instituições ou serviços” está prometida.

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