Apresentação no Vaticano

Exortação Apostólica de Bento XVI aborda celibato sacerdotal e matrimónio religioso como caminhos para essência da vida cristã Um documento “com um futuro promissor”, porque “propõe a essência da vida cristã, que surge da santidade e da missão para todos os tempos, inclusivamente o momento actual”, assim descreveu Mons. Nicola Eterovic, secretário geral do Sínodo dos Bispos, a Exortação Apostólica “Sacramentum caritatis” – Sacramento do Amor, apresentado esta manhã no Vaticano. “Apresentando de um modo acessível ao homem contemporâneo a grande verdade da fé eucarística”, o documento papal “exorta a um renovado empenho na construção de um mundo mais justo e pacífico em que o Pão partilhado se torne, para a vida de todos, causa exemplar na luta contra a fome e contra qualquer espécie de pobreza”, que “degrada a dignidade do homem criado à imagem de Deus”. A nova exortação apostólica, dá continuidade aos “grandes documentos sobre o sublime sacramento da Eucaristia”, e aos textos de João Paulo II. “Propõe de um modo actual algumas verdades essenciais da doutrina eucarística, exortando a uma decente celebração do santo rito” e “recorda a necessidade urgente de desenvolver uma vida eucarística na vida de todos os dias”. Por sua vez, o Cardeal Angelo Scola, patriarca de Veneza, também presente na apresentação da Exortação Apostólica, afirmou que através da “Sacramentum caritatis”, o Papa confirma “a tradição latina da obrigatoriedade do celibato sacerdotal como riqueza inestimável para toda a comunidade eclesial”, e confirma também o celibato do sacerdócio ministerial, na tradição latina, para a celebraça da Missa”, que não deve ser mais confundida com outras celebrações na ausência do presbítero”. Acolhendo o que foi proposto no último Sínodo dos Bispos, o Papa “reafirma e aprofunda a relação entre sacerdotes ordenados e celibato, rejeitando qualquer justificação do celibato com bases puramente funcionais”. Quanto à “reorganização numérica do clero, que já acontece em alguns continentes”, para Bento XVI, observou Scola, “deve ser enfrentado acima de tudo com um testemunho da beleza da vida sacerdotal e também com uma cuidada formação vocacional, mediante uma proposta precisa de vida espiritual e um rigoroso discernimento que verifique a autenticidade da motivação vocacional”. “Sacramentum caritatis” é um documento que contem “um forte encorajamento e mostra a relação da Igreja a toda a família fundada no sacramento do matrimónio, protagonista da educação cristã dos filhos”, apontou o Cardeal Angelo Scola. Bento XVI elege o tema da unidade do matrimónio cristão, fazendo referência à questão da poligamia e à indissolubilidade do vinculo conjugal”, mas também fornece importantes sugestões pastorais para uma “situação dolorosa” em que se encontram esposos divorciados, a quem a exortação sugere “nove novas modalidades de participação na vida da comunidade cristã dos fieis que, sem receber a Comunhão, podem adoptar um estilo de vida cristã”. Ao Tribunal Eclesiástico, disse Scola, o Papa pede “que quando surgirem dúvidas legítimas, verifiquem em tempo razoável a eventual nulidade do matrimónio” enquanto que aqueles que tenham celebrado de forma válida o matrimónio, por condições objectivas, não possam escolher uma nova relação”, propondo transformar “a sua relação numa amizade fraterna”. Notícias relacionadas Documento na íntegra

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