O desafio de comunicar

No final dos trabalhos do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, Bento XVI apela a compromisso Especialistas da área da comunicação social estão reunidos em Roma na Assembleia Plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais. Um encontro que junta profissionais, especialistas, membros e consultores do Conselho Pontifício vindos de todo o mundo, para partilhar as várias experiências e dificuldades que cada um encontra dentro da sua experiência e analisar propostas e sugestões ao Conselho Pontifício no sentido de apoiar o que já se faz na Igreja nesta área mediática. Os participantes partilham o que se vai fazendo no seu país, “algumas reflexões, teorias e experiências, dando lugar a uma análise da comunicação social hoje e a interacção com a cultura actual”, explica à Agência ECCLESIA o Cónego António Rego, consultor do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais e presente na Assembleia. “As novas tecnologias são uma realidade e o problema do religioso no meio toda a concepção de comunicação social com os elementos novos que existem”, aponta, é uma reflexão que a Igreja faz. Um professor da Universidade Salesiana em Roma focava a comunicação religiosa na televisão, internet ou na rádio, manifestando que “o facto de se comunicar o bem não é por si uma comunicação boa”, relembra o Cónego António Rego, pois “não é por falarmos de Deus e da sua bondade que existe uma boa comunicação”,afirma, sublinhando a constante exigência no trabalho realizado. “Muitas intervenções no decorrer na Assembleia vão no sentido de estimular e preparar bem tudo o que se faz”. A Assembleia só termina amanhã, altura em que serão conhecidas as conclusões. Mas uma prioridade é certa. “Uma atenção grande às novas tecnologias”, aponta o consultor português. O que existia há dois anos está obsoleto, “pois todos os dias surgem inovações”. A própria palavra «comunicação» evoluiu muito e “hoje não se fala apenas de emissor e receptor, hoje a interacção e a capacidade de intervenção patente no digital e na concepção da informática que se mistura com a rádio e a televisão, confere a cada cidadão a capacidade de ser jornalista de si mesmo com o seu telemóvel”. O Cónego António Rego “numa impressão pessoal”, sublinha a importância “das novas formas de comunicação e de se fazer uma profecia dos novos media electrónicos e digitais que estão a surgir”. Bento XVI manifestou a preocupação com a formação das crianças a nível de comunicação social e media na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Uma área que em Portugal “me parece urgente trabalharmos”, aponta. Os elementos novos que existem, que facilitam em muito o acesso das crianças aos meios de comunicação “introduz a exigência de formação e responsabilidade das famílias sendo uma área muito complexa, porque as crianças hoje são desafiadas pelos media e passam muito tempo com a televisão e o computador”, sublinha. Mas em Portugal existem já áreas a trabalhar “muito bem”. Talvez um desafio a acolher será “melhorar a imprensa regional e a presença nas rádios locais”, aponta. Paralelo aos trabalhos na Assembleia, decorrem inevitáveis contactos entre os participantes, dando lugar a partilha das experiências. “Estabeleceu-se a possibilidade de uma ligação dos países lusófonos para haver uma grande acção de formação de pessoas que trabalhe nesta área”, afirma o Cónego António Rego. Porque a formação dos produtores de comunicação é “essencial e deve ser uma constante” quer da informação «laica» quer da religiosa, e é passível de ser intensificada”. Notícias relacionadas Media: Indispensáveis mas também destruidores Notícias relacionadas Compromisso dos media na promoção da dignidade humana

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