O Tesouro-Museu da Catedral de Viseu, que vive com permanentes dificuldades financeiras que têm levado os seus responsáveis a equacionar o encerramento, recebeu mais um “balão de oxigénio” da autarquia. Ao abrigo de um protocolo ontem celebrado, a autarquia comprometeu-se a atribuir este ano uma verba de sete mil euros ao Tesouro-Museu da Catedral, onde se encontra um valioso espólio de arte sacra. Apesar da riqueza do seu património e de ter sido recentemente alvo de obras de beneficiação, o museu não gera receitas suficientes sequer «para pagar à guia que, nas horas vagas, também restaura imagens e limpa pratas», lamentou o padre José Vieira. O museu esteve encerrado entre Dezembro de 1995 e Julho de 2002 e que, depois da reabertura, o número de visitantes diminuiu drasticamente, o que explica com o encerramento durante sete anos. Na opinião do sacerdote, «hoje o museu tem excelentes condições», só «faltam visitantes», apesar dos esforços desenvolvidas para divulgar as suas riquezas. O responsável anunciou que a Fundação Mariana Seixas, de Viseu, se comprometeu a fazer um DVD sobre as peças mais valiosas. O Tesouro-Museu da Catedral foi criado em 1932 e tem entre as suas “jóias” uma custódia gótica de 1533, que pertenceu a D. Miguel da Silva e é uma das peças mais valiosas da arte sacra portuguesa, que se presume ter sido feita pelo dramaturgo Gil Vicente. Redacção/Lusa