Ucrânia: Capelão da comunidade greco-católica no Alentejo fala em «catástrofe»

Padre Ivan Hudz elogia solidariedade do povo português e pede que comunidade internacional trave o conflito

Évora, 10 mar 2022 (Ecclesia) – O padre Ivan Hudz, que acompanha a comunidade greco-católica ucraniana na Arquidiocese de Évora e na Diocese de Beja, considerou que invasão russa é um “ato diabólico”, apelando à intervenção da comunidade internacional.

“É uma guerra plena, a Federação Russa está a destruir casas civis, maternidades, hospitais, matam crianças e mulheres, o que estão a fazer não é desumano, mas diabólico”, disse hoje à Agência ECCLESIA.

O sacerdote ucraniano defendeu que o mundo “não pode pactuar com a democracia falsa”.

“A liberdade sem responsabilidade é caos”, acrescentou.

O padre Ivan Hudz participou, nesta quarta-feira à noite, num debate online, com estudantes ucranianos em Portugal, numa iniciativa promovida pela Companhia de Jesus (Jesuítas).

“A guerra já dura há duas semanas, mas muitos ainda não se aperceberam desta catástrofe”, advertiu.

O responsável católico tem familiares na Ucrânia, onde “dois sobrinhos estão a lutar na guerra”, e elogia a “solidariedade” e a “ajuda” do povo português, lembrando que já “saíram carrinhas em direção à Polónia, na fronteira com a Ucrânia, que levaram bens e medicamentos e vão trazer pessoas”.

Em plena Quaresma, o padre Ivan Hudz pede às pessoas “para rezarem e fazerem penitência”, práticas tradicionalmente associadas à preparação para a Páscoa.

“Vamos juntar bens e dinheiro para enviar para a Ucrânia”, solicita.

Segundo o entrevistado, padres e leigos das dioceses do Alentejo “já mostraram disponibilidade para ajudar os refugiados”, sublinhando que a renúncia quaresmal da Arquidiocese de Évora é destinada, este ano, ao povo ucraniano.

Esta quarta-feira, um comboio humanitário, de cinco carrinhas, partiu de Évora, rumo às fronteiras Rawa Ruska e Krakowets, Polónia.

LFS/OC

 

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