Diocese colocou ao dispor do município instalações do Centro Apostólico e Seminário
Guarda, 09 mar 2022 (Ecclesia) –A Diocese da Guarda colocou à disposição das autoridades locais as instalações do Centro Apostólico D. João Oliveira Matos e o Seminário Maior, para acolher refugiados da Ucrânia, e algumas paróquias também disponibilizaram as suas casas paroquiais.
“A Diocese da Guarda tem o Centro Apostólico disponível, falta apenas ver a questão do aquecimento; há muitos quartos no Seminário da cidade e algumas paróquias já disponibilizaram as casas paroquiais no caso de ser necessário acolher famílias de refugiados”, disse hoje à Agência ECCLESIA o padre Francisco Barbeira, diretor do Jornal ‘A Guarda’.
Na última madrugada chegaram à cidade da Guarda 43 refugiados que estão alojados na Pousada da Juventude, “porque o Centro Apostólico não tinha as condições necessárias ao nível do aquecimento”, referiu.
Os refugiados em causa têm familiares em Portugal.
Para responder à crise provocada pela guerra na Ucrânia, a Câmara Municipal da Guarda e a Diocese local estão “a trabalhar em parceria” e “têm capacidade para receber 250 refugiados”, sublinhou o padre Francisco Barbeira.
Ao nível de emprego, as empresas daquela região “têm disponíveis 245 vagas, na área dos negócios, transporte e construção civil”, acrescentou o responsável.
No último sábado, um autocarro saiu da Guarda rumo a Varsóvia (Polónia) para resgatar um grupo de refugiados.
No autocarro seguiram quatro motoristas, “para não haver paragens”, duas tradutoras ucranianas, um médico e uma enfermeira; na bagagem também seguiram bens essenciais, cobertores e medicamentos.
O gabinete de crise da Câmara Municipal da Guarda está a funcionar, em articulação com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a Cáritas Diocesana, entre outras entidades.
O padre Francisco Barbeira destaca o esforço da comunidade ucraniana na “angariação de bens”.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 2,2 milhões de refugiados, desde o início da invasão russa, avançou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou milhares de mortes, entre militares e civis, além de elevados danos materiais.
LFS/OC