Bispo de Viana envia trinta e cinco novos Ministros Extraordinários da Comunhão

O Bispo de Viana do Castelo, no encerramento do Encontro Diocesano de Pastoral Litúrgica, desafiou os Ministros Extraordinários da Comunhão a não se pouparem para que todos aqueles que, doentes ou acamados, ou simplesmente porque a idade já não deixa, não podem participar na celebração da comunidade «não fiquem sem o conforto do sacramento da Eucaristia». Na eucaristia de encerramento do Encontro dedicado ao sacramento do Matrimónio e que juntou meio milhar de pessoas no auditório do centro Paulo VI, em Darque, o Prelado investiu neste Ministério 35 pessoas, escolhidas pelas respectivas comunidades paroquiais de origem, cuja principal missão é levar a «comunhão» a todos os que já não têm possibilidades de vir celebrar a fé em comunidade. Esses, frisou o Prelado, não podem ficar longos tempos sem o acesso ao sacramento há espera que aconteça alguma celebração especial par os doentes. Este encontro e a temática nele abordada, sublinhou D. José Pedreira, está na linha da «dinamização da Diocese», seja do ponto de vista do aprofundamento da fé, seja de uma reflexão sobre a família e o seu papel nestes tempos. A propósito do recente Referendo, o no contexto da semana de retiro dos Bispos portugueses, D. José Pedreira disse que a avaliação feita do resultado da votação surge a necessidade de encontrar a capacidade de «responder a duas qualidades de povos», do centro para cima que votaram maioritariamente “não” e no restante país que esmagadoramente votou “sim”. O Prelado de Viana do Castelo congratulou-se pelo facto das comunidades terem agarrado a temática da família, assinalando positivamente a discussão que se efectuou no âmbito das Jornadas Teotonianas, também subordinadas a esta problemática. Os participantes no encontro puderam durante a tarde de ontem reflectir a “música nas celebrações de matrimónio” porque “cantar é próprio de quem ama”, sublinhou o padre Jorge Barbosa, marcando desde logo o tom da intervenção. Para este sacerdote músico é natural que o casamento tenha música, a questão coloca-se no tipo de música, assinalando imediatamente que muita daquela que é dada como tradicional, nomeadamente as marchas nupciais, nada têm que ver com o sacramento a celebrar, antes pelo contrário evocam todo um contexto contrário. Saltando para o órgão que se encontrava no palco, Jorge Barbosa tocou trechos sobejamente conhecidos destas cerimónias, enquadrando-os no seu sentido original, que na maioria deles fazem apelo a uma bacanal. Estas obras são executadas porque «as pessoas gostam, porque fazem parte do ritual e das convenções sociais», mas nada têm que ver com o que verdadeiramente é celebrado no sacramento, explicou. O padre Jorge Barbosa reconhece que a doutrina sobre a matéria é escassa e que o panorama da música litúrgica «não é muito animador», contudo apresentou alguns exemplos, publicados na Revista de Música Sacra, que «poderão contribuir para uma celebração condigna». Os participantes no XXIX Encontro de Pastoral Litúrgica puderam ainda reflectir, conduzidos por João Duque, sobre o “significado teológico do sacramento do matrimónio”. O professor de Teologia da Universidade Católica de Braga apresentou um trajecto de “leitura” a partir da atitude do crente que se insere na história da salvação, terminando, centrado no sacramento celebrado que «cencentra» em si toda a história da salvação.

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