Bioética e Enfermagem: campos de trabalho e de reflexão

Melhorar a prestação dos cuidados da pessoa que está em sofrimento é uma preocupação que a Associação Católica de Enfermeiros e Profissionais de Saúde manifesta no contínuo trabalho que desenvolvem. A pastoral da saúde é um campo de trabalho que ganha novos contornos a que a Igreja está atenta, tendo em conta os novos desafios e descobertas que o campo da investigação acrescenta. Reflectir sobre Bioética e Enfermagem, é proporcionar um cruzamento de campos que se podem ajudar mutuamente. A Associação Católica de Enfermeiros e Profissionais de Saúde pretende “chamar chamar a atenção para este debate pois actualmente a bioética está a entrar em vários campos da sociedade e do saber”, explica à Agência ECCLESIA o presidente da Associação, António Conde. Entre enfermeiros e investigadores no campo da bioética, com conhecimento profundo para esclarecer e proporcionar a reflexão, os valores enquanto profissionais da saúde mas com orientações católicas, o próprio código deontológicos e os contributos que cada área pode dar vão ser assuntos em debate nestas jornadas de reflexão que se vão estender até amanhã, dia 17. Os valores têm sido alterados por questões sociais e “os valores que ontem orientavam os profissionais, que ainda hoje são referência, mas que com novas descobertas no campo da bioética podem ser alterados”, sublinha o presidente da associação. Por isso se torna importante “fazer uma incursão no que foram esses valores, no que são ainda e nas suas alterações no novo contexto da sociedade”, manifesta António Conde O código deontológico vai estar também em análise. “Nesta questão queremos debater e aprofundar os desafios que daqui decorrem, pois consideramos que não está bem explorado e precisamos de reflectir mais nas questões diárias que nos são apresentadas, agindo em conformidade com o código”, sublinha o presidente da Associação Católica de Enfermeiros e Profissionais de Saúde A grande preocupação é a pessoa que está em sofrimento. “Deixar de lado as grandes teorias e centrarmo-nos na pessoa em si”, reflectindo nos contributos que a área científica pode dar, “e que permitam avançar num maior respeito pela pessoa e pelo seu tratamento”. A enfermagem através da nova investigação pode contribuir para a bioética, tentando encontrar “patamares” para implementar novas técnicas e uma nova intervenção junto da pessoa que sofre e está doente, mas “trabalhando também em termos preventivos, aqui desenvolvendo trabalho junto da comunidade”, sublinha António Conde. A pastoral da saúde é um caminho a ser descoberto. “Mas a este caminho queremos associar outras religiões, outros credos que partilhem da mesma ideia, de forma a trabalhar em conjunto criando condições para encarar o doente enquanto pessoa e ser humano”, finaliza.

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