A aproximação dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, está a fazer com que o regime chinês comece a utilizar formas mais sofisticadas de perseguição religiosa. A denúncia foi feita, junto da Comissão dos EUA para a Liberdade Religiosa. Bob Fu, presidente da Associação de Ajuda à China, ressaltou que o país continua a tomar posição contra as Igrejas domésticas protestantes. A pressão concentra-se, agora, sobre os líderes religiosos, diminuindo efectivamente o número de incursões e invasões nas Igrejas. Outra nova estratégia desenvolvida na China passa por rotular as Igrejas domésticas não registadas como “seitas”, e os cultos como “rituais”. As tácticas dos funcionários de segurança pública passam por “interrogatórios imediatos, acusações de actividades criminais contra líderes religiosos e a definição dos movimentos protestantes como seitas”, ressaltou Fu. Segundo a agência AsiaNews, do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, a polícia da província oriental do Jiangsu atacou recentemente um grupo de protestantes, reunidos em oração. Os agentes da autoridade levaram consigo Bíblias e agrediram os fiéis que se recusavam a mostrar documentos de identificação. Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas), entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina”, ligada ao Papa e fora do controlo de Pequim, conta mais de 8 milhões de fiéis. A APC foi criada em 1957, para evitar “interferências estrangeiras”, em especial do Vaticano, e para assegurar que os católicos viviam em conformidade com as políticas do Estado. A Santa Sé já anunciou que Bento XVI irá escrever uma carta aos católicos do país, cujo número não pára de crescer. Para os responsáveis do Vaticano este facto é mesmo considerado “surpreendente”. Departamento de Informação da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre