Vaticano: Papa escreve à Conferência Mundial dos Institutos Seculares

Francisco propõe fraternidade como resposta ao «vírus» do individualismo

Cidade do Vaticano, 02 fev 2022 (Ecclesia) – O Papa publicou hoje uma mensagem para a Conferência Mundial dos Institutos Seculares, propondo a fraternidade como resposta ao “vírus” do individualismo.

“Sejam um fermento de verdade, bondade e beleza. E sejam o sal que dá sabor, porque sem sabor, desejo e maravilha, a vida permanece insípida e as iniciativas permanecem estéreis”, refere a mensagem, divulgada pelo Vaticano no Dia Mundial da Vida Consagrada e 75.° aniversário da Constituição Apostólica ‘Provida Mater Eclesia’.

Este documento, do Papa Pio XII, “reconheceu a forma de testemunho que, especialmente desde as primeiras décadas do século passado, se estava a espalhar entre católicos leigos particularmente comprometidos”.

A 12 de março de 1948 com o Motu próprio ‘Primo feliciter’, o mesmo Papa destacava que a identidade específica deste carisma provinha da “secularidade”, definida como a “razão de ser” dos próprios Institutos.

Na Igreja Católica, a Vida Consagrada é constituída por homens e mulheres que se comprometeram, pública e oficialmente, a viver (individualmente ou em comunidade) os votos de pobreza, castidade e obediência para toda a vida; hoje inclui leigos, sacerdotes, religiosas e religiosos.

Francisco destaca que a consagração dos leigos não deve ser confundida com a vida religiosa, colocando a sua origem no Batismo de cada católico e valorizando os votos professados.

“É precisamente esta dedicação indivisível ao Reino que vos permite revelar a vocação original do mundo, o seu estar ao serviço do caminho de santificação do homem. A natureza específica do carisma dos Institutos Seculares chama-vos a serdes radicais e ao mesmo tempo livres e criativos”, escreve.

O Papa elogia esta “forma evangélica precisa de estar presente na Igreja e no mundo: como uma semente, um fermento”.

Francisco desafia os Institutos Seculares a “tornar o mundo presente” na vida da Igreja, como um “sinal profético”.

“Hoje não é tempo de discursos persuasivos e convincentes; é sobretudo tempo de testemunhar porque, enquanto a apologia divide, a beleza da vida atrai”, acrescenta.

OC

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Agência ECCLESIA

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