Vaticano condena trabalho infantil

O Vaticano manifestou-se junto das Nações Unidas contra o drama do trabalho infantil em todo o mundo, considerando que o mesmo é uma grave “violação da dignidade humana”. O observador permanente da Santa Sé junto da ONU, Arcebispo Celestino Migliore, falava ontem na 45ª sessão da Comissão para o desenvolvimento social. Na sua intervenção, o representante do Papa defendeu ainda a “paridade” de retribuições e oportunidades de carreira para homens e mulheres no mundo do trabalho. “Hoje em dia, a frase «salário igual para trabalho igual» parece óbvia, mas as mulheres anda são desfavorecidas, muitas vezes, e sofrem discriminação, seja nos países ricos, seja nos pobres”, alertou o responsável. Para o Arcebispo Migliore, é fundamental promover “paridade salarial e paridade de trabalho, protecção para as mães que trabalham e imparcialidade nas promoções de carreira. O Núncio na ONU disse que “em anos recentes, vimos uma globalização e uma interconexão constantes dos mercados”, o que levou, contudo, a que em determinadas zonas do sul do mundo “não haja uma retribuição digna” correspondente a um aumento da produção. O “pleno emprego” e a necessidade de “salários justos” foram algumas das preocupações apresentadas pela Santa Sé. “O pleno emprego e o trabalho condigno incluem a segurança laboral, a remuneração justa e a valorização da pessoa humana. Se o trabalho é uma parte essencial da nossa vocação humana, apenas o trabalho condigno pode promover a dignidade humana e o desenvolvimento social”, disse o Arcebispo italiano. Abordando questões ligadas às migrações e às alterações demográficas em várias partes do mundo, este responsável pediu mais protecção para os trabalhadores migrantes e estimulou os governos a “encorajarem as pessoas mais velhas a permanecerem no mercado de trabalho”.

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