O único caminho para o desenvolvimento integral de Portugal e de todos os portugueses passa pela defesa corajosa da Vida em todas as suas fases A ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores – não pode, naturalmente, ser indiferente ao debate que se verifica na sociedade portuguesa a propósito do referendo sobre o aborto. Nessa medida, a Associação pretende contribuir para a discussão, sensibilizando os seus associados e a Sociedade em geral para a importância deste referendo. Não se trata de uma decisão política como tantas outras que o povo português tem assumido. O aborto é, todas as partes o reconhecem, um dilema entre valores, um confronto entre direitos, que remete para um equilíbrio entre todos os interesses em jogo. No entanto, esta procura de equilíbrio tem de ser enquadrada em certezas incontornáveis que nunca podem, nem devem, ser esquecidas: – A certeza, cada vez mais reforçada pela ciência e a técnica, de que a Vida é um processo contínuo de crescimento que começa na concepção e deve terminar na morte natural; – A certeza de que cada Pessoa Humana é única e irrepetível, encerrando, desde o primeiro momento, o potencial para desempenhar um papel concreto no desenvolvimento do mundo; – A certeza de que as Leis que nos regem devem sinalizar o melhor caminho e as melhores práticas a seguir por toda a sociedade, e não podem representar a desistência perante a repetição de um erro, liberalizando e legalizando algo que todos dizemos rejeitar. Sabemos, por experiência própria, que os caminhos vitoriosos, que as soluções correctas e sustentáveis no longo prazo, passam sempre por definir as causas dos problemas e procurar as soluções mais eficientes e eficazes que não ponham em causa a dignidade da pessoa humana, que não ponham em causa a vida. Não acreditamos na liberdade sem responsabilidade, não acreditamos em soluções fáceis, apresentadas sem inconvenientes, mas que sob aparência de bem, acabam por apenas adiar e agravar os problemas. Queremos por isso afirmar nesta data que o único caminho para o desenvolvimento integral de Portugal e de todos os portugueses passa pela defesa corajosa da Vida em todas as suas fases. Nesse sentido, a ACEGE, reconhecendo a influencia que a acção dos seus membros nas empresas pode representar na vida e nas famílias de milhares de colaboradores, compromete-se a incrementar soluções e instrumentos para que as empresas não sejam responsáveis, directa ou indirectamente, pelos actos de desespero que possam conduzir uma Mãe a desejar a morte de um filho (mesmo que só com 10 semanas). Um Compromisso que ganhará novo ânimo no dia 12 de Fevereiro, qualquer que seja o resultado do referendo do dia 11.