Papa sublinha valor do matrimónio na Igreja

Bento XVI lembra que cada família pode ser uma «Igreja Doméstica» e um testemunho de amor ao próximo O Papa lembrou hoje que cada família cristã é chamada a ser uma “Igreja Doméstica” e destacou o valor do matrimónio na vida da Igreja Católica. Para Bento XVI, existe um laço inseparável entre a ideia que a Igreja tem de si mesma e o modelo de família fundada no matrimónio. Numa catequese dedicada às figuras de Priscila e Áquila, colaboradores do Apóstolo São Paulo, o Papa disse que “cada lar pode transformar-se numa pequena Igreja, onde reine o amor cristão e onde toda a vida familiar tenha Cristo como centro”. “Este casal mostra-nos quão importante é o compromisso dos esposos cristãos na Igreja”, acrescentou. Priscila e Áquila são referidos por São Paulo na Carta aos Romanos: “Saudai Priscila e Áquila, meus colaboradores em Cristo Jesus, pessoas que, pela minha vida, expuseram a sua cabeça”. “A sua relação matrimonial ajudou Paulo, que vivia na mesma casa, a compreender a comunhão esponsal entre Cristo e a Igreja: o Apóstolo modulou, indirectamente, a vida da Igreja sobre a da família que o hospedava porque a Igreja é indirectamente a família de Deus”, explicou Bento XVI sublinhando que graças à fé e ao empenho apostólico destes esposos o cristianismo chegou até aos nosso dias. Expulsos da capital do Império, chegaram a Corinto, onde acolheram um grupo de fiéis que se reunia para as celebrações litúrgicas da Igreja primitiva. O Papa lembrou que foi precisamente este tipo de reunião que foi qualificado como igreja, “ekklesia”, ou seja, “convocação santa”. “Não é por acaso que as conotações específicas originárias de tais assembleias são, indubitavelmente, domésticas. Os cristãos, de facto, não tinham locais próprios de culto até ao século III”, lembrou. Aos milhares de pessoas reunidas para a audiência geral desta semana, o Papa exortou a “seguir o exemplo dos primeiros cristãos e oferecer, na vossa vida matrimonial e familiar, um testemunho coerente de amor a Cristo e serviço aos outros”. Nas saudações finais, Bento XVI estimulou os jovens a serem testemunhas de “não violência e de paz” para construir um “futuro melhor para todos”.

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