O Santuário de Fátima, como centro de peregrinação cristão e dada a importância que adquire em todo o mundo, organiza habitualmente um encontro para guias interpretes, com o objectivo de formar acerca não só da mensagem de Fátima, mas também facultar informações mais práticas sobre o funcionamento e serviços disponíveis. Este ano em que se celebram os 90 anos das aparições em Fátima, antecipando o aumento de procura, “é essencial pôr em comum informação para que nada falte a quem se dirige ao Santuário”, afirma à Agência ECCLESIA o Padre Virgílio do Nascimento Antunes, director do Serviço de Peregrinos. A vertente do turismo religioso, da cultura e da arte “são por vezes deixados em segundo plano”, dá conta o director do Serviço de Peregrinos, e “o Santuário considera poder dar uma formação onde outras instituições não participam”. A temática da 26.ª edição do Encontro de Guias-Intérpretes no Santuário de Fátima centrou-se nos 90 anos das aparições. Foram focados o período das aparições, “nas suas vertentes política, social, económica e religiosa” e centrando-se também na importância que a mensagem de Fátima continua a ter em todo o mundo e a sua actualidade teológica. “São contextos a que os guias interpretes precisam de estar alertas”, explica o Pe. Virgílio Antunes que manifesta a importância que “a mensagem de Fátima adquire nos países de leste”. O conhecimento do ambiente, dos locais, a arquitectura, a vertente artística, a própria organização da Igreja e do Santuário, “são informações importantes, uma vez que os guias interpretes estão constantemente em contactos com os peregrinos de várias partes do mundo”, sublinha o director do Serviço de Peregrinos, “é preciso dar a informação exacta e dar as perspectivas correctas”. Os guias interpretes acompanham durante vários dias os grupos de turistas e de peregrinos, “grande parte da informação que os turistas recebem é dos guias”, que têm a responsabilidade do acompanhamento, da difusão e transmissão da mensagem de Fátima. “Alguns consideram e reconhecem a sua importância como mensageiros, outros apenas no âmbito do seu trabalho”, afirma o Pe. Virgílio Antunes, mas todos são uma parte importante da evangelização.