Porque NÃO?

Posição do Movimento Comunhão e Libertação sobre a questão do Referendo do próximo dia 11 de Fevereiro No dia 11 de Fevereiro vai ser referendada a liberalização do aborto até às dez semanas. Partidários do Sim e do NÃO vêm apresentando os seus argumentos. Deste debate ressalta o confronto clamoroso entre uma posição ideológica – o Sim – e uma posição de estima por cada mulher e cada filho por nascer – o NÃO. O Sim agrega meras conivências ideológicas, juntas de forma provisória em torno da campanha. O NÃO traz consigo o testemunho de vidas e obras dedicadas diariamente a uma ajuda concreta às Mães em aflição e aos Filhos em risco. Por isso, no dia 12 de Fevereiro, seja qual for o resultado, o Sim fragmenta-se e o NÃO permanece. O principal factor em jogo é a queda da Razão ou, pelo contrário, a sua vitória. A objectividade do valor da vida humana, reconhecida quase por todos, é posta debaixo do poder de decidir individualístico e prepotente, entregue à subjectividade de cada mulher. Ora, quando se chega a um olhar livre de preconceitos para esta brutalidade, a evidência da única resposta razoável – afirmar a vida – impõe-se com clareza. Finalmente, é manifesto que a defesa incondicional da vida humana congrega um Povo, unido em torno de um juízo claro e de uma paixão pelo humano. O seu trabalho árduo, a sua vivacidade expressiva e a sua organização disciplinada não obedecem a lógicas partidárias nem a ambições políticas, mas à gratuidade de quem reconhece na própria existência uma origem e um destino que valem a pena. Este reconhecimento traz à existência um gosto de vida nova e uma comunhão objectiva, que move um povo na defesa daquilo que afirma o valor único e irrepetível da pessoa, maior do que todo o universo.

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