Bento XVI exige políticas que defendam a família fundada no matrimónio e que rejeitem o aborto e a eutanásia Bento XVI pediu este Domingo que todos os homens e mulheres de boa vontade se mostrem acolhedores em relação ao “grande e misterioso dom da vida”, repetindo um apelo lançado várias vezes pelos seus predecessores. “A vida que é obra de Deus não deve ser negada a ninguém, nem mesmo ao mais pequenino e indefeso nascituro, ou quando apresenta graves malformações”, assinalou, na recitação do Angelus. O Papa convidou ainda as pessoas a não caírem no erro de pensar quem podem dispor da vida ao ponto de legitimar a sua interrupção com a eutanásia, “talvez mascarando-a com um véu de piedade humana”. Na sua intervenção, Bento XVI defendeu iniciativas pastorais e políticas a favor da família fundada no matrimonio, para ir ao encontro das necessidades dos cônjuges, dos idosos e das novas gerações. No dia em que a Igreja na Itália celebrava a jornada pela vida, este ano sob o lema “amar e desejar a vida”, o Papa abordou a profunda crise e os múltiplos desafios da família de hoje. “Sabemos bem – observou – como a família fundada no matrimónio constitui o ambiente natural para o nascimento e a educação dos filhos, e portanto para assegurar o futuro da humanidade. Sabemos também como ela está marcada por uma crise profunda e deve hoje enfrentar vários desafios”, apontou Bento XVI. Nesse sentido, disse o Papa, “é necessário defendê-la, ajudá-la, tutelá-la e valorizá-la na sua unicidade irrepetível. Mas se este empenho compete em primeiro lugar aos esposos, é também dever prioritário da Igreja e de todas as instituições públicas apoiar a família através de iniciativas pastorais e políticas que tenham em conta as necessidades reais dos cônjuges , dos idosos e das novas gerações”. Bento XVI concluiu convidando à oração para que, através de um esforço constante em favor da vida e da instituição familiar, as comunidades cristãs sejam lugares de comunhão e de esperança onde se renova, embora no meio de tantas dificuldades, o grande “sim” ao amor autentico e á realidade do homem e da família segundo o projecto original da Deus. “Peçamos ao Senhor, por intercessão da Maria Santíssima, que cresça o respeito pela sacralidade da vida, se tome cada vez mais consciência das verdadeiras exigências familiares, e aumente o número daqueles que contribuem para realizar no mundo a civilização do amor”, indicou. Na saudação em inglês, depois do Angelus, Bento XVI dirigiu o seu pensamento aos funcionários do governo do Sri Lanka empenhados na reconstrução das zonas atingidas pelo tsunami, uma delegação que se encontrava na Praça de São Pedro. (Com Rádio Vaticano)