UCP passa a ensinar Teologia em Macau

Anunciou o Reitor da UCP no início das comemorações dos 40 anos da Universidade Católica Portuguesa. Nas comemorações dos 40 anos da Universidade Católica Portuguesa (UCP), esta instituição voltou ao local de nascimento – em Braga – para recordar um percurso de sucesso e anunciar alguns projectos de futuro. “No próximo ano iniciaremos em Macau o ensino da Teologia. Graças à Fundação Jorge Alves, ensinamos em Portugal a língua e cultura chinesa” – referiu o Reitor da UCP. Hoje (2 de Fevereiro), o Reitor da UCP, Manuel Braga da Cruz, no discurso feito na Faculdade de Filosofia de Braga, lembrou os grandes obreiros desta Instituição escolar e entregou o Doutoramento Honoris Causa a Luís Archer, SJ, professor catedrático jubilado da Universidade Nova de Lisboa; Aníbal Pinto de Castro, professor catedrático aposentado da Universidade de Coimbra e a Rui Chancerelle de Machete, Presidente do Conselho Executiva da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Ainda no capítulo das homenagens, Manuel Braga da Cruz realçou que muitos dos “seus antigos alunos são membros do governo, dirigem empresas e um deles é actualmente Presidente da República” A UCP promove a investigação científica, promoveu livros e revistas universitárias, promoveu colóquios, estabeleceu relações com outras universidades e teve a “capacidade de se adaptar à evolução da procura universitária, não hesitando em abandonar projectos antigos e abraçar outros novos mais ajustados ao presente”. E acrescenta: “A UCP afirmou-se pela sua excelência e reconhecida qualidade a nível nacional e internacional. Isso deve-se em primeiro lugar aos nossos fundadores”. O passado da universidade é simultaneamente uma “responsabilidade para o futuro ao qual devemos olhar com o mesmo sentido de exigência com que os nossos antecessores o fizeram”. Ao nível dos novos desafios, Manuel Braga da Cruz apontou “o da internacionalização”. “Propomos ser uma universidade europeia, aberta ao mundo sem deixar de ser uma universidade portuguesa”. “A imperiosa necessidade de atrair cada vez mais estudantes estrangeiros, não só de países de expressão portuguesa mas também do resto do mundo, obriga-nos a aumentar a oferta de cursos em língua inglesa sem descurar a língua portuguesa” – disse o Reitor. A intensificação de intercâmbio de professores – “nomeadamente de professores nossos – em foruns académicos internacionais e conseguir atrair mais professores estrangeiros para trabalhar connosco” é outro dos objectivos que a UCP se propõe. A presença em rankings internacionais “obriga-nos a intensificar a investigação científica e a fomentar a crescente publicação de resultados em revistas e editoras” – proferiu o reitor Com o objectivo de estar entre as melhore – a nível nacional e internacional – a UCP não “cede às tentações de facilitismo que alguns vêem no encurtamento das formações iniciais e no alargamento que se pretende na atribuição de graus”. “Temos crescido em nº de candidatos e de alunos, mas é sobretudo o aumento dos alunos altamente classificados que nos gratifica” – garantiu Sendo uma universidade que pretende atingir o máximo de qualidade, Manuel Braga da Cruz declarou que “queremos prosseguir com a tradição de premiar a qualidade” por isso “lembramos que devem ser estendidas ao ensino não estatal as bolsas de mérito concedidas às universidade estatais”. O paradigma da educação “mudou” passando a ser encarada como um processo continuado e permanente. “Ninguém pode considerar-se formado no termo da sua passagem inicial pela universidade” – constata no discurso comemorativo. A tarefa de conquistar novos públicos e de “aumentar a taxa de escolarização superior em Portugal, ainda inferior a dos mais países europeus deve mobilizar as nossa melhores energias”. Este desafio só será vencido “se soubermos estar especialmente associados com o mundo empresarial e profissional das áreas que cultivamos, se compreendermos as necessidades do movimento da sociedade e do mercado de trabalho.” E deixa alguns recados: “Não deixamos no entanto de recordar a necessidade de tratar identicamente os estudante de todas e quaisquer universidades e instituições de ensino superior para alem disso devemos continuar a trabalhar para adopção de uma mais vasta cultura de mecenato em Portugal”. No local onde a nasceu, D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, referiu também que a UCP presta “um excelente serviço à cultura e à evangelização” e é fundamental “que a Universidade seja esperança e profecia”. Para este estabelecimento de ensino, a transmissão conhecimentos fica incompleta se não “se formarem homens e mulheres para os valores da liberdade, justiça, solidariedade e paz” – realçou o arcebispo e Braga. As sociedades actuais são “sedutoras” porque “redutores” – completou. Notícias relacionadas •Universidade Católica:Um caso de sucesso – Entrevista a Manuel Braga da Cruz •40 anos da Universidade Católica Portuguesa

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