Congregação está a preparar um novo espaço aberto à cidade na sua paramentaria/livraria
Bragança, 30 dez 2021 (Ecclesia) – A Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, na Diocese de Bragança-Miranda, está a construir uma Capela de Adoração ao Santíssimo Sacramento, na sua paramentaria/livraria, na cidade de Bragança, que nasceu da vivência do Congresso Eucarístico Internacional.
“O nosso espaço é de evangelização e o nosso carisma muito voltado para a divulgação da devoção eucarística, para a vivência eucarística, e pensamos que seria um ótimo espaço para proporcionarmos momentos de encontro”, disse a irmã Maria José Oliveira à Agência ECCLESIA.
A religiosa explica que entram muitas pessoas diariamente na paramentaria/livraria da congregação, em Bragança, e algumas têm também o “gosto” de falar, “às vezes desabafar sobre os seus problemas”.
As Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado pretendem que a Capela de Adoração ao Santíssimo Sacramento “esteja aberto ao público” e as pessoas passem “não só para comprar mas também para rezar um bocadinho”.
“Quisemos que fosse sobretudo um espaço de uma envolvência que ajudasse ao silêncio e à meditação e um espaço onde as pessoas se sintam bem”, adianta a irmã Maria José Oliveira, que considera que para rezar as pessoas têm de “estar bem, têm que se sentir confortáveis” e que o ambiente circundante ajude.
É um espaço isolado, onde não há barulhos, e favorece esses momentos de interioridade, meditação da Palavra de Deus, e a exposição da Eucaristia, dentro desta noção que é o Senhor que nos visita, que as pessoas sintam uma presença que toque e ajude a ser melhor”.
A futura Capela de Adoração ao Santíssimo Sacramento “não é propriamente um espaço celebrativo” mas mais dedicado à “oração pessoal”, onde a “beleza tem de estar presente” e as Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado contam com o trabalho da iconógrafa Tânia Pires.
À Agência ECCLESIA, a artista brigantina explicou que a beleza vai ser transmitida através das “linhas muito simples” dos seus desenhos, “da cor e também do ouro”, da “luz que imana” e da sua simbologia.
A iconógrafa do Atelier Sabbath adianta que vai representar o Monte Tabor e “tentar representar toda essa luz e a simbologia que está associada”, na montanha vai ser integrado o sacrário – “uma porta muito estreita e toda ela muito luminosa, com linhas muito simples” – que representará “toda essa transfiguração e movimento de luz”.
Tânia Pires vai usar a técnica de esgrafitado e têmpera ovo (com gema de ovo), “na parte dos ícones que vou colocar no sacrário”, mas, neste momento está a “fazer a parte mais dura” deste trabalho que é o tratamento das paredes, isto é, perceber se têm alguma fissura para tapar “antes de colocar as argamassas de cal”.
Primeiro fez o projeto e colocou-o nas paredes para perceber como funcionava, depois vai colocando as capas de argamassa, esgrafitar, e no final “a montanha que será uma peça em madeira com o sacrário”.
Nas paredes da futura capela vai ser possível contemplar também num primeiro painel a vida das Servas Franciscanas Reparadoras, “a essência da congregação”, no painel central “a transfiguração, representa a luz de Cristo e o Monte Tabor” e ao lado “o caminho de vida que cada pessoa vai trilhando e percorrendo, na relação com Cristo”.
A iconógrafa Tânia Pires refere que a oração também está presente nos seus trabalhos, trabalha “sempre nesse espírito e nessa comunhão tendo por base uma vida mais contemplativa”: “É tudo rezado e meditado e a elaboração também toda feita num estado mais contemplativo, como se estivesse num mosteiro”.
A irmã Maria José Oliveira contextualiza que esta capela surgiu no âmbito da vivência do Congresso Eucarístico Internacional 2021, onde participou com a irmã Estela Morais, “que foi muito enriquecedor”, para além das palestras, testemunhos e catequeses, “a oração e a beleza das celebrações”.
CB/OC