Europa: Países devem permitir o acolhimento de migrantes e refugiados por instituições eclesiais, pede o Papa

«São poucos os países europeus que suportam a maior parte das consequências do fenómeno migratório na zona mediterrânica», alertou Francisco

Foto: Vatican news

Cidade do Vaticano, 22 dez 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco incentivou hoje os países europeus a permitirem o acolhimento de migrantes e refugiados destacando a “generosa abertura” das autoridades italianas na viagem que realizou ao Chipre e à Grécia, de onde levou um grupo de pessoas para Roma.

“Constatei que são poucos os países europeus que suportam a maior parte das consequências do fenómeno migratório na zona mediterrânica, embora na realidade exija uma responsabilidade partilhada por todos, da qual nenhum país se pode eximir, porque é um problema de humanidade”, disse o Papa, na audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano.

A 35ª viagem internacional do pontificado levou Francisco ao Chipre e à Grécia, de 2 a 6 de dezembro, onde, mais uma vez, tocou “a humanidade ferida de refugiados e migrantes”.

Neste contexto, recordou que “graças à generosa abertura das autoridades italianas” levou para Roma “um grupo de pessoas” que conheceu durante a viagem e algumas estiveram hoje na Sala Paulo VI.

“Bem-vinda! Cuidaremos deles, como Igreja, nos próximos meses”, assegurou o Papa.

“É um pequeno sinal, que espero que sirva de estímulo para outros países europeus, para que permitam às realidades eclesiais locais de se encarregar de outros irmãos e irmãs que precisam urgentemente de serem recolocados, acompanhados, promovidos e integrados com urgência”, acrescentou.

Segundo Francisco, são “numerosas” as Igrejas locais, as congregações religiosas e as organizações católicas “dispostas a recebê-los e a acompanhá-los para uma integração fecunda”.

“Você só precisa abrir uma porta, a porta do coração! Não vamos deixar de o fazer neste Natal”, pediu.

O portal ‘Vatican News’ contextualiza que, no espaço de uma semana, “mais de 160 refugiados perderam a vida” no Mar Mediterrâneo, entre a Líbia e a ilha italiana de Lampedusa.

CB/PR

 

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Agência ECCLESIA

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