Bento XVI pediu esta sexta-feira o reconhecimento jurídico para a Igreja Católica na Turquia, com cerca de 35 mil fiéis. “Desfrutado da liberdade religiosa garantida a todos os crentes pela Constituição turca, a Igreja Católica deseja poder beneficiar de um estatuto juridicamente reconhecido”, afirmou o Papa no discurso que dirigiu a Muammer Dogan Akdur, novo embaixador da Turquia no Vaticano. Perante as dificuldades criadas aos católicos no país, o Papa sugeriu a criação de uma instância de diálogo oficial entre a Conferência Episcopal e as autoridades do Estado, para “discutir os diferentes problemas que podem surgir e continuar com as boas relações entre as duas partes”. “Não duvido que o vosso Governo fará todos os possíveis para avançar neste sentido”, apontou. O Papa destacou ainda a importância da Turquia para a pacificação do Médio Oriente: “Como recordei recentemente em Ankara, a Santa Sé reconhece o lugar específico da Turquia e a sua situação geográfica e histórica de ponte entre os continentes asiático e europeu e de cruzamento entre as culturas e as religiões”. Bento XVI saudou o compromisso deste país em favor da paz, de forma particular a sua acção na reconstrução do Líbano.