Vaticano: Papa encoraja trabalho dos juristas católicos em defesa da «dignidade humana»

Francisco apela à proteção dos «últimos, os indefesos, os fracos»

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 10 dez 2021 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje uma delegação da União dos Juristas Católicos Italianos, elogiando o seu compromisso em defesa da dignidade de cada pessoa.

“Os juristas católicos não pedem favores em nome dos pobres, mas proclamam firmemente os direitos que derivam do reconhecimento da dignidade humana”, disse, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.

Francisco recordou que, na sua recente viagem a Chipre e à Grécia, disse que o respeito pelas pessoas e pelos direitos humanos, especialmente na Europa, “deveria ser sempre salvaguardado e a dignidade de cada um deveria ter prioridade sobre tudo”.

“Abuso, violência, negligência e omissões só aumentam a cultura do descarte. E os que não têm proteção serão sempre marginalizados”, advertiu.

O Papa desafiou os juristas católicos a trabalhar para “inverter a rota”, na sociedade.

“Mesmo os últimos, os indefesos, os fracos têm direitos que devem ser respeitados e não espezinhados”, indicou.

O discurso aludiu aos desafios de um sistema económico e social que “finge incluir a diversidade, mas na verdade exclui sistematicamente aqueles que não têm voz”.

“Os que não têm capacidade para gastar e consumir parecem não valer nada”, lamentou Francisco.

Negar direitos fundamentais, negar o direito a uma vida digna, a cuidados físicos, psicológicos e espirituais, a um salário justo, é negar a dignidade humana”.

O Papa convidou a reconhecer os direitos e a garanti-los na prática, protegendo os mais fracos, algo que considerou uma marca de humanidade.

“Caso contrário, deixamo-nos dominar pela lei do mais forte e tornamo-nos dominados”, alertou.

OC

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Agência ECCLESIA

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