Foi aprovado o plano de atividades e orçamento para 2022 e definido o calendário das principais ações nacionais
Lisboa, 22 nov 2021 (Ecclesia) – O Conselho Geral da Cáritas Portuguesa reuniu representantes de 15 das 20 Cáritas Diocesanas, voluntários das Cáritas Paroquiais do Patriarcado de Lisboa, e outros convidados, nos dias 19 a 21 de novembro, no Seminário Torre d’Aguilha, em Cascais.
A presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, salientou a importância do Conselho Geral por ser o primeiro a realizar-se em formato presencial, desde o início da pandemia Covid-19, e o primeiro presencial dos atuais órgãos sociais, que tomaram posse no Dia Internacional dos Direitos Humanos 2020, a 10 de dezembro.
O bispo D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana da Igreja Católica em Portugal, presidiu ao Conselho Geral e, na abertura dos trabalhos, sublinhou a importância de alguns temas que como a Estratégia de Combate à Pobreza, a ação social da paróquia e as migrações.
A temática das migrações esteve em reflexão no Conselho Geral da Cáritas Portuguesa num exercício conjunto para uma leitura transversal, nacional e local, da realidade e da atuação da rede da organização.
O sociólogo Pedro Gois, da Universidade de Coimbra, fez uma leitura dos “quatro verbos de ação” propostos pelo Papa Francisco para o setor das migrações/refugiados, na conferência ‘Acolher, proteger, promover e integrar: Como conjugar estes verbos hoje?’.
A Cáritas Portuguesa adianta que o professor universitário partilhou “algumas pistas de atuação” na defesa dos direitos e dignidades dos migrantes e refugiados, nomeadamente, “pela defesa de vias seguras e legais de migração; promoção do desenvolvimento integral e enriquecimento das comunidades locais propondo uma maior participação dos migrantes e refugiados”.
A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), Eugénia Quaresma, apresentou um retrato do trabalho da Igreja “na defesa dos direitos dos migrantes” e saudou o empenho da rede Cáritas nesta área.
No segundo dia de Conselho Geral (20 de novembro), representantes de Cáritas Paroquiais do Patriarcado de Lisboa apresentaram “exemplos de boas práticas na relação de proximidade das comunidades paroquiais”, e o último painel de trabalho fez uma leitura dos desafios da Estratégia Nacional de Luta Contra a Pobreza e da transferência de competências para os municípios.
A Cáritas Portuguesa informa que foi aprovado o plano de atividades e orçamento para 2022 e definido o calendário das principais ações nacionais.
O Conselho Geral terminou com Eucaristia, presidida por D. Américo Aguiar, bispo-auxiliar de Lisboa, que já tinha agradecido o serviço empenhado da rede Cáritas e apelou à continuação de um trabalho com base na transparência.
Na celebração foi entregue a cada Cáritas Diocesana a ‘Luz da Paz’, um gesto simbólico associado à Operação solidária ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’.
O Conselho Geral expressou reconhecimento a Eugénio Fonseca, pelo seu trabalho enquanto presidente da Cáritas Portuguesa durante 21 anos, até dezembro de 2020, e evocou as memórias de Acácio Catarino, que foi presidente da instituição católica entre 1982 e 1999, e faleceu em setembro de 2021, e de Alfredo Bruto da Costa, no quinto aniversário do seu falecimento.
CB