Igreja: Padre Julián Carrón apresenta demissão como presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação

Decisão justificada com processo de mudança determinado pela Santa Sé para todas as associações de fiéis

Milão, Itália, 16 nov 2021 (Ecclesia) – O padre Julián Carrón apresentou a sua demissão como presidente do Comunhão e Libertação, cargo que ocupava desde 2005, em carta enviada aos membros da fraternidade.

“Neste momento tão delicado da vida do Movimento, decidi apresentar a minha demissão de Presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação, para favorecer que a mudança de condução a que somos chamados pelo Santo Padre”, escreve o sacerdote espanhol.

A decisão é justificada com o recente Decreto Geral do Dicastério para os Leigos, Família e Vida (Santa Sé), regendo o exercício do governo nas associações internacionais de fiéis na Igreja Católica, que entrou em vigor a 11 de setembro.

O documento determina que alguém só pode ocupar um cargo no órgão de governo central a nível internacional por um período máximo de 10 anos; as novas eleições serão realizadas no prazo máximo de 24 meses após a entrada em vigor do decreto.

O padre Julián Carrón assumiu a liderança mundial do Comunhão e Libertação após a morte do fundador do movimento, padre Luigi Giussani.

Numa carta dirigida aos membros da fraternidade, datada de 15 de novembro, o padre Carrón diz ter sido “uma honra” exercer este serviço.

O Comunhão e Libertação é um movimento católico presente nos cinco continentes, que propõe uma educação integral no caminho da fé, fundado por Monsenhor Luigi Giussani (1922-2005), a partir da sua experiência como professor de religião numa escola pública.

A Santa Sé reconheceu a “Fraternità di Comunione e Liberazione” (1982), associação eclesial de direito pontifício, e a associação laical “Memores Domini” (1988) à qual aderem homens e mulheres que vivem uma forma de entrega total a Cristo na vida profissional e social.

Em setembro de 2021, o Papa Francisco nomeou o arcebispo de Taranto (Itália), D. Filippo Santoro, como delegado especial para supervisionar a associação ‘Memores Domini’, para “salvaguardar o seu carisma e preservar a unidade dos seus membros”.

OC

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Agência ECCLESIA

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