Algarvios na campanha pelo Não

Católicos juntam-se a evangélicos para mostrar que o Algarve está pela vida. O movimento constituído na diocese mais a sul do país quer mostrar que os algarvios têm também uma palavra a dizer neste debate nacional e que pretendem informar e esclarecer serenamente que a vida existe desde a concepção e deve, desde essa altura, ser protegida. Constituído no âmbito do referendo marcado para 11 de Fevereiro, o grupo cívico é um movimento da sociedade civil, não confessional, independente e apartidário que entende caber ao Estado a missão de, em conjunto com a sociedade civil, promover uma maior prevenção das situações de risco, através de uma educação sexual responsável, de um planeamento equilibrado da fecundidade e ainda do apoio à mulher grávida em dificuldade. Uma agenda preenchida até ao dia 11 de Fevereiro, o movimento Algarve pela Vida promete acções de esclarecimento, palestras, visionamento de filmes, conferências, divulgação de panfletos, afixação de cartazes e participações em debates quando solicitados. Luís Vilas Boas é um dos mandatários e a ale a que se juntam advogados, médicos, enfermeiros e várias personalidades da vida algarvia. “As pessoas têm de ser despertadas para o que está em causa”, aponta Luís Galante, diácono permanente da diocese do Algarve, sublinhando uma subversão do que está em questão. “O ponto fundamental não é a liberdade que a mulher possa ter para decidir sobre o futuro de uma vida humana. O que está em causa é uma vida humana que tem de ser protegida, defendida porque tem o direito de nascer”, afirma. O direito fundamental de qualquer ser humano é o direito à vida, o de nascer e sem esse direito verificado “não se pode defender os outros direitos”, sublinha o diácono acrescentando que o direito de nascer é compatível com os direitos da mulher, mas “o direito que a mulher reivindica de abortar não é compatível com o direito à vida”, por isso esperam que todos os portugueses votem que Não. A acção conjunta de evangélicos e católicos, que se verificou já em 1998, vem mostrar que “os cristãos seja de que confissões forem, estão em sintonia nessa matéria e isso é muito importante”, estando todos disponíveis para participar numa “passeata pela vida, marcada para o dia 3 de Fevereiro da organização dos evangélicos”.

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