Pastoral Litúrgica procura caminhos próprios no Algarve

Os católicos da Diocese do Algarve foram chamados, no passado fim-de-semana, a participarem em mais uma edição das Jornadas Diocesanas da Pastoral Litúrgica. Subordinada à temática “Confio na sua Palavra – O Evangelho no coração da Igreja”, a iniciativa decorreu no Centro Pastoral e Social da Diocese do Algarve, em Ferragudo e teve novamente como destinatários os diversos ministros litúrgicos e agentes de pastoral, particularmente os catequistas, leitores, animadores das celebrações da Palavra e ministros extraordinários da comunhão. Em declarações ao Programa ECCLESIA, o Pe. Carlos de Aquino, coordenador do Departamento Diocesano de Pastoral Litúrgica (DDPL), referiu que esta acção “corresponde ao programa de acção pastoral para os próximos anos”, numa atenção particular “ao acolhimento e à escuta da Palavra de Deus”. Este responsável sublinha que, na Diocese, são muitos os leigos que “dirigem e assumem as celebrações da Palavra na ausência de Presbítero”. Mais de cem agentes de pastoral procuraram, nestas Jornadas, respostas para as “exigências particulares do Algarve”, terra procurada por pessoas de muitos países e que se define como um espaço multicultural. “É preciso termos cristãos preparados”, aponta o coordenador do DDPL, apelando à “disponibilidade e formação”. A Diocese prepara, por isso, vários subsídios disponíveis nos departamentos de pastoral e nas paróquias. Para este ano litúrgico, uma atenção é dedicada a São Lucas, evangelista, procurando “aprofundar a estrutura, o dinamismo e os temas mais particulares deste Evangelho”, aponta o Pe. Carlos Aquino. Novos protagonistas A carência de clero, que se tem acentuado nos últimos anos, fez com que a Diocese aposte na responsabilização do seu laicado. Maria Gabriela é uma das leigas empenhados no campo da Liturgia e testemunha a sua acção na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Portimão. Esta leitora e ministra extrordinária da Comunhão dinamiza a Liturgia da Palavra nos arredores da cidade algarvia, tentando partilhar a sua reflexão sobre as passagens lidas, num trabalho que é “muitíssimo bem recebido”. Várias dezenas de pessoas reúnem-se na celebração, na ausência do sacerdote. Este trabalho começou com Maria Gabriela e o marido, entretanto falecido, que foram reunindo algumas pessoas, que rapidamente procuraram um espaço maior para os encontros de oração, tendo passado para uma garagem. Daqui passou-se para a celebração numa igreja, mais de 20 anos depois do início deste esforço.

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