Com as torres do 11 de Setembro caíram também muitas esperanças de paz

João Paulo II assegura que nos atentados do 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque, “caíram juntamente com as duas torres muitas esperanças de paz”. Passados dois anos sobre um acontecimento que abalou o mundo, o Papa referiu-se às “dezenas de guerras a acontecer actualmente” e à “guerra difusa” que representa o terrorismo, na mensagem endereçada ao XVII Encontro da Paz da comunidade de Santo Egídio. “Guerras e conflitos continuam a crescer e envenenar a vida de tantos povos, sobretudo dos países mais pobres da África, Ásia e América Latina”, destaca a mensagem do Papa. As causas deste conflito são localizadas por João Paulo II no crescimento de interesses particulares e ao excesso de dinheiro empregue para fins militares, passando pelo “uso distorcido das religiões”. João Paulo II percorre neste texto os anos que vão desde o primeiro encontro pela paz de líderes das religiões mundiais, em Assis, até ao trágico dia 11 de Setembro, recordando que há 17 anos “o mundo ainda estava dividido em dois blocos e oprimido pelo medo da guerra nuclear”, pelo que havia um desejo urgente de paz e prosperidade para todos. “O sonho de Assis não foi assumido – denuncia o Papa – porque quase nada foi feito nestes anos para defender a paz e sustentar este sonho de um mundo livre de guerras. Não se facilitam os processos de paz se se deixarem prosperar com inconsciência criminosa injustiças e disparidades no nosso planeta”, advertiu.

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