Papa visita «sopa dos pobres» em Roma

Primeiro compromisso fora do Vaticano, em 2007, serviu para deixar novos apelos em favor dos mais desprotegidos, sem distinção de raça, religião ou cultura. Bento XVI deslocou-se esta manhã a um dos refeitórios sociais da Cáritas de Roma, o seu primeiro compromisso fora do Vaticano, em 2007, tendo deixado apelos em favor dos mais desprotegidos, “sem distinção de raça, religião ou cultura”. Considerando que a Cáritas é “um lugar rico de humanidade”, que permite conhecer melhor Deus “servindo e amando o próximo”, o Papa apresentou uma catequese sobre a Caridade, na linha do que tinha feito na sua primeira encíclica. “Deus é amor, não um amor sentimental, mas um amor que se faz dom total até à morte na cruz”, assinalou. Nesta quadra, Bento XVI frisou que “no Natal, Deus fez-se homem porque se interessa pelo homem, por todos os homens”. Nesse sentido, o Papa disse que, mesmo num refeitório social, “é possível tocar com as mãos a presença de Cristo no irmão que tem fome e naquele que lhe oferece o que comer”. Aqui, contudo, “não se quer só dar de comer, mas servir a pessoa, sem distinção de raça, religião e cultura”. Em Colle Oppio, Bento XVI recebeu a senha número 1 para o almoço de hoje, no refeitório social da Cáritas de Roma. A senha tem a curiosidade de ser a primeira marcada com a nova denominação do espaço, “Refeitório João Paulo II”. Foi o próprio Bento XVI a descerrar a placa que celebra a visita do Papa polaco a esta estrutura, em Dezembro de 1992. Na altura, João Paulo II pronunciou a frase “Os homens que sofrem fazem parte da nossa missão”, agora recordada na placa comemorativa. Além da senha, Bento XVI também recebeu um cobertor (símbolo de uma condição de precariedade e indigência), um avental (símbolo do trabalho generoso dos voluntários) e um desenho feito por uma menina, filha de uma mãe imigrante que é hóspede fixa de uma casa de família administrada pela Cáritas Diocesana. Na conclusão do encontro, o Papa rezou para que “o Espírito Santo anime os corações dos responsáveis e todos os empregados e voluntários” da Cáritas, para que “cumpram o seu serviço com uma dedicação cada vez mais consciente, inspirando-se no verdadeiro estilo do amor cristão, que os Santos da caridade resumiram no lema: que o bem seja bem feito”.

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Agência ECCLESIA

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