«A paz começa na vida de cada um»

Palavras de D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, na homilia do Dia Mundial da Paz “Preocupados com a paz global, esquecemos que esta se decide no interior de cada um”. Para isto chama a atenção o Cardeal Patriarca de Lisboa, na homilia do Dia Mundial da Paz. “Impressionam-nos os conflitos sangrentos, repudiamos o terrorismo e a violência, mas esquecemos que a paz global se decide no respeito sagrado pela vida humana e pela pessoa dos outros, na exclusão da violência da nossa vida pessoal”, pois quem é “violento com os que lhe são próximos, é capaz de ser violento a toda a comunidade humana”, sublinhou D. José Policarpo. “E não se pode ignorar a violência contra as crianças, mesmo antes de nascerem, a violência familiar de que a mulher é a principal vítima, as injustiças no trabalho e nos negócios, a busca egoísta dos próprios interesses, abafando os dinamismos de generosidade e de busca do bem-comum. As injustiças na sociedade tornam-se focos de violência e não facilitam a construção da paz global”, reflecte o Patriarca de Lisboa. D. José Policarpo chama a atenção para os dinamismos do voluntariado pois o homem “só será feliz se procurar contribuir para a felicidade dos outros”, sublinhando que o homem é um ser “co-responsável com as pessoas com que se cruza e ao contrário uma vida centrada sobre si mesma, é egoísta e não leva à felicidade e à paz”. O Cardeal Patriarca de Lisboa enaltece a “multidão de homens e mulheres, de todas as culturas e religiões, que dão a sua vida para ajudar outras pessoas que sofrem” contribuindo muito mais “do que os governantes das nações, os grandes obreiros da paz”. “A missão da Igreja ao ajudar as pessoas a descobrir Deus constitui um contributo importante para a paz”, mas nem sempre a sociedade reconhece este “esforço silencioso e persistente de humanização”, aponta D. José Policarpo, pois “o respeito pela liberdade religiosa é um dos mais sólidos pilares da paz”, cuja primeira exigência é “o respeito pela vida e não a respeitar, mesmo quando ela é apenas um embrião promissor, é uma violência, gérmen de outras violências. A paz como missão significa a determinação de lutar contra todas as formas de violência, de discriminação, de negação da dignidade e de direitos inalienáveis de toda a pessoa humana”. Notícias relacionadas Construir a Paz pelo Amor e pela Beleza

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Agência ECCLESIA

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