Dignidade de cada pessoa é a base do respeito pelos direitos humanos

Bento XVI assinala o início de 2007 com um forte apelo em favor da defesa da vida e da paz em todo o planeta O primeiro dia do novo ano foi aproveitado por Bento XVI para renovar os apelos que tem vindo a lançar em favor da defesa da vida e da paz em todo o planeta. Na habitual oração do Angelus, o Papa pediu a toda a comunidade internacional para que junte esforços em nome dos direitos humanos. Frisando que a dignidade da pessoa humana é o “fundamento estável e indiscutível” sobre o qual devem assentar os direitos humanos, Bento XVI assinalou que “hoje fala-se muito dos direitos do homem, mas esquece-se com frequência que eles precisam de um fundamento estável que não é relativo nem opinável. E esse fundamento só pode ser a dignidade da pessoa”. “O respeito por essa dignidade começa com o reconhecimento e com a tutela do seu direito a viver e a professar livremente a própria religião. À Santa Mãe de Deus dirigimos com confiança a nossa oração, para que nas consciências se desenvolva o sagrado respeito por cada pessoa humana e o firme repúdio da guerra e da violência”, acrescentou. Na Missa a presidiu na Basílica de São Pedro, o Papa dirigiu-se especialmente aos embaixadores presentes, representando as respectivas nações, para recordar “a dramática situação que caracteriza precisamente aquela Terra onde nasceu Jesus”, convidando à “oração insistente” e ao empenho responsável para que ali chegue “quanto antes, o dia da paz”. “Os votos que faço perante os representantes das nações aqui presentes é que a Comunidade internacional conjugue esforços para que em nome de Deus se construa um mundo em que se respeitem todos os essenciais direitos do homem. Mas para que tal aconteça é necessário que se reconheça o fundamento desses direitos não em meros acordos e ajustes humanos, mas sim na própria natureza do homem e na sua inalienável dignidade de pessoa criada por Deus”, apontou. Bento XVI começou por sublinhar que a liturgia de dia 1 de Janeiro “concentra a sua atenção particularmente sobre Maria, Mãe de Deus”. “Na liturgia de hoje sobressai a figura de Maria, verdadeira Mãe de Jesus, Homem-Deus. Esta solenidade não celebra, portanto, uma ideia abstracta, mas sim um mistério e um acontecimento histórico: Jesus Cristo, pessoa divina, nasceu da Virgem Maria, a qual é, no sentido mais autêntico, sua Mãe”. “É portanto olhando para Maria que iniciamos este novo ano, que recebemos das mãos de Deus como um ‘talento’ precioso a fazer frutificar, como uma ocasião providencial para contribuir para a realização do Reino de Deus”, prosseguiu. Neste contexto, o Papa evocou o tema deste ano do Dia Mundial da Paz – “A pessoa humana, coração da paz”, exprimindo a sua “profunda convicção de que é respeitando a pessoa que se promove a paz e – construindo a paz – se põem as premissas para um autêntico humanismo integral”. “Precisamente porque criado à imagem e semelhança de Deus, cada indivíduo humano, sem distinção de raça, cultura e religião, é revestido da mesma dignidade de pessoa. Deve portanto ser respeitado. Nunca razão alguma poderá justificar que se disponha dele a seu bel-prazer, como se fosse um objecto”, alertou. Na recitação do Angelus, o Papa deixou os seus votos de “paz e bem!”. “Que a luz de Cristo, Sol surgido no horizonte da humanidade, ilumine o vosso caminho e vos acompanhe ao longo de todo o ano de 2007!”, disse. (Com Rádio Vaticano)

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Agência ECCLESIA

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