«10 milhões de estrelas» iluminaram o Sul do País

10 milhões de estrelas se quiseram manifestar publicamente do Norte ao Sul do País. As Cáritas Diocesanas quiseram manifestar publicamente um gesto pela paz, um gesto concreto que é também caminho para chegar à noite de 24 de Dezembro, quando em cada casa se acender uma vela. Em Setúbal, Madalena Reverendo manifesta uma bonita manifestação “apesar da pouca participação, pois ficamos sempre um pouco decepcionados relativamente ao número de pessoas, porque gostaríamos sempre que mais pessoas participassem”, explica a Presidente da Cáritas Diocesana de Setúbal. Palmela foi o palco que juntou pessoas da sociedade civil “marcando presença a Presidente da autarquia, o colégio Islâmico, um representante da Governadora Civil, e várias pessoas da Cáritas, obviamente”, lembra Madalena Reverendo. Uma reflexão sobre a Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz, “A pessoa humana é o coração da Paz”, deu o mote para o início do final da tarde. Os textos de João Paulo II serviram também para reflectir “que criámos um mundo de subdesenvolvimento e de fome, mas queremos antes um mundo diferente para as nossas crianças”. Adultos vestidos de preto com cartazes encenaram “os malefícios que se apresentam no mundo: o subdesenvolvimento, o ódio, a fome”, apresentando também o contraste do que se pretende para as crianças, ou seja, “os amor, os sorrisos e tudo o que contribui para que haja paz” relembra Madalena Reverendo. Um grupo do Colégio Islâmico apresentou alguns poemas e canções em árabe assim como um grupo da Casa do Gaiato, que finalizaram a tarde que durante uma hora juntou cerca de 100 pessoas num gesto pela paz. “Houve uma atmosfera que envolveu todas as pessoas presentes, criando um espectáculo de beleza que ajuda a passar a mensagem e a fazer pensar de uma maneira mais próxima. Nesse sentido nos empenhamos nesta reflexão”. Este foi mais um passo dado até ao dia 24 de Dezembro quando as velas forem acesas. “Esperamos que as pessoas o façam com toda a consciência deste acto”, ou seja, que o compromisso seja gerador de paz, criando consciência dos seus pressupostos: a justiça , da solidariedade, do perdão da reconciliação, começando em cada um. Também no Algarve, 10 milhões de estrelas se quiseram iluminar. A divulgação fez-se através das comunidades paroquiais, centralizando a Cáritas Diocesana do Algarve a sua acção em Boliqueime, com especial destaque para o dia 16, mas desde quinta feira, dia 14, dinamizavam actividades sob o espírito da campanha. A Caritas algarvia juntou várias gerações, crianças, jovens e idosos. Actividades preparadas pelos escuteiros, pelas crianças da catequese, numa dinâmica que culminou com uma marcha da paz “com cerca de 80 participantes” até ao adro da Igreja, onde se deu uma actuação cultural sobre a paz. Carlos Oliveira, Presidente da Caritas Diocesana do Algarve dá conta de “um ligeiro arrefecimento”, decréscimo que Madalena Reverendo também expressa. É importante passar a mensagem que esta campanha não é uma simples venda de velas, explica Madalena Reverendo, “mas que a venda tem subjacente um conjunto de valores que valoriza a campanha”, por isso manifesta com tristeza quando ouve “as pessoas dizerem que ainda têm a vela do ano passado, sem perceber que cada ano pede um gesto diferente”. Carlos Oliveira explica que “os valores da paz são muito importantes ao longo de todo o ano. E estes valores pedem uma mudança de atitude, a começar pela nossa vida, porque a paz reside no nosso interior”, sublinha. A emergir está a proposta do gesto de iluminar as janelas com as velas se prolongar até ao dia 1 de Janeiro, Dia Mundial da Paz, pois algumas pessoas têm já tomada essa iniciativa.

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