Vaticano apela à defesa dos símbolos natalícios

O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, apresentou este Domingo uma peça em que apela à defesa dos símbolos do Natal, em especial o presépios, criticando os que procura apagar “todas as suas tradições” e fazer da época “uma simples festa de prazeres e indiferença”. Num artigo assinado pelo jornalista Mario Gabriele Giordano pode ler-se que na Europa, “e particularmente em Inglaterra, assiste-se a uma verdadeira “guerra contra o Natal”. “Uma guerra que tende a apagar todas as tradições de Natal”, refere o jornal. “O que suscita mais a perplexidade é o desaparecimento definitivo de qualquer referência religiosa” em cartões impressos para a época, substituídos por “bonecos de neve e renas, e já não a estrela do presépio, os magos ou outras imagens do género”. “Quando se rompe o silêncio circunspecto que envolve esta ‘guerra contra o Natal’, afirma-se que tudo é justificado pela necessidade de não ofender a sensibilidade dos não-crentes ou de fiéis de outras religiões”, acrescenta o texto. No Reino Unido e em Espanha houve já vários episódios de proibição de festas natalícias exactamente com este argumento. Em Mijas (Málaga, Espanha), a directora de uma escola deitou fora um presépio feito por alunos com o argumento de que numa escola pública não deve haver símbolos religiosos. Do “Bom Natal” às “Boas Festas”, do presépio à Árvore de Natal, a substituição dos símbolos natalícios tradicionais é objecto de preocupação junto do Vaticano. O “Natal sem Jesus” é, para o jornalista, um sinal de “hipocrisia e de medo”.

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