Bento XVI confia nas Igrejas Orientais para o diálogo com os muçulmanos

Bento XVI destacou hoje a importância das Igrejas Orientais para o diálogo com o mundo muçulmano. Recebendo no Vaticano o Patriarca Copto-Católico Antonios Naguib, juntamente com outros representantes da Igreja copta de Alexandria, o Papa lembrou o encargo que o II Concílio do Vaticano atribuiu às Igrejas Orientais católicos de “fazer progredir a unidade de todos os cristãos e desenvolver a fraternidade e a estima entre ctistãos e muçulmanos. O Papa assinalou a particular “ligação de fraternidade” entre a Santa Sé e o Patriarcado copta de Alexandria, uma das localidades mais importantes do Cristianismo primitivo – chegando mesmo a ser o maior Patriarcado, depois de Roma. Bento XVI manifestou ao Patriarca Naguib o seu apreço pela atenção dada à “educação humana, espiritual e intelectual da juventude”, através de uma rede escolar e de catequese de qualidade. Os copto-católicos do Egipto, em comunhão com o Papa desde o século XIX, são cera de 250 mil, numa população global de 74 milhões de habitantes. O Concílio Vaticano II explica no Decreto Orientalium Ecclesiarum (sobre as Igrejas do Oriente) que tanto no Oriente como no Ocidente há católicos que, “sob o governo pastoral do Romano Pontífice, que sucede por instituição divina a São Pedro no primado sobre a Igreja Universal”, têm diferenças entre si nos seus ritos: “Liturgia, disciplina eclesiástica e património espiritual.” Esta diversidade de ritos, diz o mesmo documento, “não só não prejudica a unidade da Igreja Católica como a explicita”. O rito copta data dos primeiros séculos do Cristianismo e não implica uma separação de Roma. Bento XVI sublinhou esta manhã que “é na celebração da Divina Liturgia que melhor se manifesta a comunhão em Cristo, que faz de nós irmãos. É ali que se exprime em plenitude a comunhão entre todos os católicos, em volta do sucessor de Pedro”.

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