O primeiro-ministro Durão Barroso empossou ontem os 21 novos membros do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Entre os novos membros do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida encontra-se Daniel Serrão, membro da Academia Pontifícia para a Vida da Santa Sé. Este organismo nacional, a quem são pedidos pareceres na área da bioética, mas que estava inactivo há quase dois anos, deverá, prioritariamente, pronunciar-se sobre a posição a tomar pelo Governo no que toca à reprodução medicamente assistida e ao uso de embriões na investigação. Esperam-se, para breve, que surjam diplomas legais sobre estas matérias, e o parecer deste conselho, embora não vinculativo, tem de ser dado para que a lei possa então surgir. Paula Martinho da Silva, nova presidente do Conselho de Bioética, reconhece que, durante este interregno de quase dois anos, sem que os novos membros do organismo fossem empossados, a necessidade de emitir pareceres sobre os aspectos bioéticos da ciência não parou: “Decerto que existem pedidos de parecer aos quais teremos de responder”, disse. O grupo, designado pelas várias entidades governamentais e civis ligadas à saúde e à prática científica, terá, nos próximos tempos, algum trabalho. O anterior presidente do Conselho de Bioética, Luís Archer, padre jesuíta, biólogo e precursor da genética em Portugal, felicitou o facto de mais de metade do elenco do conselho ter sido renovado.
