Santarém: «O tempo de pandemia serviu para valorizar a pessoa humana» – D. José Traquina

Novo ano pastoral tem como objetivo principal «anunciar o Evangelho com as famílias e os jovens»

Fotos: Agência ECCLESIA

Santarém, 11 set 2021 (Ecclesia) – O bispo de Santarém afirma que a pandemia “serviu para valorizar a pessoa humana”, assinala que as crises são “desafios para a Igreja se redescobrir na sua vocação e missão”, no início do ano pastoral 2021/2022 onde faz sugestões pós-pandemia.

“O tempo de pandemia serviu para valorizar a pessoa humana e todas as profissões e instituições que se dedicam aos cuidados sociais e de saúde no apoio à população. Também a família, como núcleo comunitário na sociedade, foi um reduto essencial na resposta à pandemia assegurando o apoio entre os seus membros e mantendo o trabalho”, explica D. José Traquina, na carta enviada à Agência ECCLESIA.

No início do novo ano pastoral 2021-2022, o bispo de Santarém assinala sobre a missão da Igreja, concretizada nas paróquias e movimentos, “funcionaram” as IPSS, a Cáritas Diocesana e os serviços paroquiais da pastoral socio-caritativa, e “muitos cristãos mantiveram discretamente um apoio voluntário na ação social a quem necessitava de apoio”.

No contexto da pandemia Covid-19, D. José Traquina refere que, “entre dificuldades e limitações”, desenvolveram-se modalidades novas de comunicação e encontro, nomeadamente o uso das plataformas digitais que “tende a continuar em simultâneo com a comunicação presencial”, no novo ano pastoral 2021/2022.

“As crises são desafios para a Igreja se redescobrir na sua vocação e missão. São oportunidades para revelar quem somos e o que somos capazes de fazer para assumir novo testemunho em tempo de mudança de época”, acrescentou.

O novo ano pastoral na Diocese de Santarém tem como objetivo principal ‘anunciar o Evangelho com as famílias e os jovens’, e é o terceiro de um projeto pastoral de seis anos que vai levar esta Igreja local até ao cinquentenário da sua criação, que se comemora em 2025.

D. José Traquina afirma que a família “saiu valorizada”, em tempo de pandemia, mas também tiveram “sinais contrários de maus-tratos em ambiente familiar”, em relação aos jovens, as paróquias “registam uma ausência significativa de jovens”, e manifesta preocupação com a informação que “aumentou significativamente o consumo de álcool e de drogas pesadas entre jovens do distrito”.

Na sua carta de início de ano pastoral, D. José Traquina também faz sugestões às “paróquias em pós pandemia”, sobre a catequese, a pastoral juvenil e todos os movimentos e ações de espiritualidade e apostolado – “a serenidade confiante e procurar fazer bem, com empenho e qualidade” – e explica que a preocupação deve estar “mais assente na qualidade das propostas, do que na quantidade dos participantes”.

Sobre a liturgia, salienta que a Missa dominical “é o momento mais convergente de concentração dos cristãos na paróquia” e sugere “renovado empenho na qualidade das celebrações da Eucaristia”, desde a limpeza e decoração do espaço, até ao “cuidado indispensável” de preparação de todas as pessoas intervenientes.

No âmbito da ação social ou socio-caritativa, o bispo de Santarém afirma que “constitui um testemunho da comunidade celebrativa”, e, nesta altura, “acresce o cuidado por novas situações de isolamento e solidão, dificuldades económicas e o apoio possível a migrantes estrangeiros”.

O bispo de Santarém também reflete sobre o caminho sinodal, a vocação e lembra que a “vida cristã é vocação a uma vida com missão”; A diocese propõe como santos de referência 2021/2022 a Rainha Santa Isabel de Portugal, o padre franciscano São Maximiliano Maria Kolbe e o jovem beato Carlo Acutis.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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