Momentos de fé e de intensa comunhão eclesial foram vividos neste Domingo de manhã, no bairro romano de Torrino, onde o Papa consagrou a igreja da paróquia de Nossa Senhora Estrela da Evangelização, criada em 1989. Foi a primeira vez que o Papa aelmão procedeu à consagração de uma nova igreja, na sua qualidade de Bispo de Roma. Na homilia, partindo das leituras da missa de consagração de uma nova igreja, Bento XVI sublinhou o significado cristão de igreja-edifício de culto, estreitamente ligado ao de Igreja-comunidade-crente e corpo de Cristo, reunido pela Palavra de Deus proclamada e acolhida com fé. “O edifício da Igreja existe para que a Palavra de Deus possa ser escutada, explicada e compreendida no meio de nós; existe para que a Palavra de Deus actue entre nós como força que cria justiça e amor. Existe, em especial, para que nele possa começar a festa na qual Deus quer fazer participar, não só no final dos tempos mas já agora”, disse. “Existe para que se desperte em nós o conhecimento do justo e do bem, e não há outra fonte – se não a Palavra de Deus – para conhecer e dar força a este conhecimento do justo e do bem. O edifício existe, portanto, para aprendermos a viver a alegria do Senhor que é a nossa força”, acrescentou. Comentando o Evangelho – da profissão de fé de Pedro, em Cesareia de Filipo (“Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”), o Papa observou que “a palavra de Deus não é apenas palavra. Em Jesus Cristo ela está presente no meio de nós como Pessoa”. “É este o objectivo mais profundo da existência deste edifício sagrado: a igreja existe para nela encontrarmos Cristo, o Filho do Deus vivo. Deus tem um rosto. Deus tem um nome. Em Cristo, Deus se fez carne e se dá a nós no mistério da santíssima Eucaristia. A Palavra é carne. Dá-se a nós sob as aparências do pão e assim se torna verdadeiramente o Pão de que vivemos”, apontou. “Nós homens vivemos da Verdade. Esta Verdade é Pessoa: fala-nos e nós falamos com ela. A igreja é o lugar de encontro com o Filho do Deus vivo e assim também o lugar de encontro entre nós. É esta a alegria que Deus nos dá: Ele fez-se um de nós, podemos quase tocá-lo, Ele vive connosco. A alegria de Deus é realmente a nossa força”, concluiu Bento XVI. (Com Rádio Vaticano